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FORA DE PAUTA

Um tempo que não volta mais

Todos os dias quando vou para o trabalho passo em frente ao colégio que foi a minha base: a Escola Affonso Pedro Rabuske, a mais antiga de Santa Cruz do Sul. Fica lá no Bairro Linha Santa Cruz, conhecido também por Alte Pikade (Picada Velha). Mas hoje, o trajeto me despertou lembranças do tempo de colégio. Perto das 6 da manhã, havia dois ônibus parados aguardando os alunos. Eles chegavam – alguns acompanhados dos pais – com mochilas e roupas mais leves.

As expressões eram de alegria. Imagino eu que estavam indo para a tradicional viagem de fim de ano. Mesmo que não fosse esse o destino, lembrei do tempo em que eu participava dessas viagens. Geralmente íamos para parques aquáticos e passávamos o dia por lá. Era uma festa, nos divertíamos muito. Boas lembranças. Ao longo do caminho, também comecei a relembrar sobre minha caminhada no Ensino Médio.

Guardo com carinho os amigos que fiz – muitos deles desde a pré-escola –, os momentos de gincana, quando era líder de torcida, e da ansiedade para a formatura do terceiro ano. Senti saudade dessa época. E agora, em poucos meses, encerro minha trajetória acadêmica de sete anos na universidade para me tornar o que eu sempre soube que tinha que ser: jornalista. Até porque, uma criança falante como sempre fui, não poderia ter outra profissão a não ser na área da comunicação.

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Apesar do meu desejo incansável de querer me formar, ter o meu diploma e não ter mais compromissos com entregas de trabalhos e provas, tenho certeza de que sentirei saudades de todas as minhas vivências na vida acadêmica. Mas sei também que aproveitei cada momento, de forma intensa. E aqui não falo só do período em que estive na faculdade, mas também de tudo que me tornei através dela.

Cresci muito como profissional e como pessoa. Afinal de contas, a vida é sobre isso. É sobre olhar para trás e perceber o quanto o tempo nos fez bem. Sobre deixar coisas para trás e viver o agora. Saber que cada lembrança puxada da memória faz o coração pulsar forte por ter tido a oportunidade de viver aquela experiência. Portanto, é preciso se permitir e, de certa forma, deixar marcas. Nossa trajetória escrita é sobre um tempo que não volta mais, mas nos faz sorrir e jamais será apagada da nossa memória e do nosso coração.

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