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Alimentação saudável: saiba aproveitar bem frutas, legumes e verduras

Foto: Alencar da Rosa

Rabanete, milho, pêssego, tomate e abobrinha são alguns dos alimentos desta época

É sabido que comer frutas, legumes e verduras faz bem para o ser humano. São alimentos ricos em fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes. Além disso, é possível escolher as frutas ou legumes mais adequados de cada época; afinal, o ideal é optar por alimentos da estação, respeitando o ciclo natural de crescimento. 

Em períodos do ano como este, em que o calor predomina, alimentar-se de itens mais leves e saudáveis faz toda a diferença. A nutricionista Isabel Vitiello, docente do curso de Nutrição da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), explica que abacaxi, manga, jabuticaba, pêssego, pitanga, maracujá, amora, melão, nêspera, uva e abacate são frutas desta época.

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Os legumes deste período são abobrinha, batata-doce, berinjela, cenoura, tomate, pepino, milho, pimentão amarelo, beterraba e ervilha. Já as verduras são almeirão, brócolis, chicória, couve, couve-flor, escarola, espinafre, mostarda, folhas de nabo, rabanete e quiabo. “Em geral, as folhas escuras”, acrescenta.

Armazenamento para manter os nutrientes

Isabel Vitiello explica que, ao comprar frutas, verduras e legumes, é necessário escolher uma quantidade que será consumida brevemente. “Ao estocar, mesmo que na geladeira, corre-se o risco de não consumir e ficarem velhos. Lembre que nem sempre esses alimentos, quando são grandes, são os melhores. Muitas vezes os menores são mais saborosos, guardam maior valor nutricional e reduzem o desperdício.”

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Ainda segundo a nutricionista, para manter ao máximo os nutrientes desses alimentos é preciso começar higienizando, lavando em água corrente. “Faça uma solução com uma colher de sopa rasa de água sanitária (10 ml) ou hipoclorito de sódio (20 ml) em um litro de água. Cubra as frutas, legumes e verduras na solução por 15 minutos. Lave em água corrente e deixe secar naturalmente ou seque em papel-toalha ou pano de prato limpo. Acondicione em potes ou sacos plásticos específicos, não os de supermercado, e guarde na geladeira”, orienta.

Outra boa dica é cobrir o fundo de um recipiente (vidro, inox ou plástico) com papel-toalha e colocar os alimentos higienizados. “Cubra com a tampa e guarde na geladeira. Os folhosos duram mais tempo assim.”

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Feiras rurais oferecem grande variedade

Diego Hauth é produtor rural e oferece alimentos na feira do Independência

Diego Henrique Hauth, de 26 anos, é produtor rural de Linha Santa Cruz e vende alimentos na feira do Bairro Independência. Ele conta que tudo o que oferece é produção dele. De acordo com Hauth, a estação é crucial. “No inverno, por exemplo, não tem como produzir milho, que, assim como o pepino, precisa de mais calor. E também dá geada e algumas culturas não têm resistência.”

Culturas de verão costumam ser plantadas nesta época e o plantio para em meados de abril, por causa do frio. Mas o calor excessivo também é um problema. “É preciso ter irrigação, sombrite, sistema de gotejamento.” Conforme Hauth, oscilações climáticas podem influenciar na alta dos preços, mas atualmente os valores estão estabilizados.

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Cristiane: frutas da época

Quem consome muito os produtos da Feira Rural do Independência é Cristiane Spengler, de 40 anos. Ela optou pelo frugivorismo – regime alimentar baseado no consumo de frutas preferencialmente in natura – há dois anos e cinco meses. Cristiane conta que tomou a decisão para ter uma vida mais natural e melhorar o hipotireoidismo.

“Eu só como o que nasce em cima da terra. E o que eu mais como são frutas, tudo cru, porque é uma alimentação viva, todas as enzimas estão ativas, você tem todos os nutrientes”, frisa. Ela comenta que, ao fazer compras, costuma prestar atenção nas frutas que são da época. “Elas têm mais nutrientes e, além disso, o preço é melhor.”

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Dicas de como escolher os alimentos

Segundo Isabel Vitiello, para escolher é preciso atentar à aparência das frutas, legumes e verduras. Confira as dicas da nutricionista.

  • Manga, melancia, pêssego e melão: devem ter consistência firme, sem rachaduras, e ceder à pressão dos dedos quando apertadas nas extremidades, com delicadeza, para não estragar a fruta.
  • Abacate: se sacudir e o caroço estiver solto, ainda está verde.
  • Uva: deve estar presa no cabinho.
  • Abacaxi: quanto mais lisa for a casca, mais maduro e doce. Retire uma folha da coroa; se sair com facilidade, está no ponto.
  • Legumes: devem ter cor uniforme e casca firme. Geralmente os mais pesados (nabo, pepino, cenoura) têm mais qualidade nutricional. A beterraba é exceção. Se forem muito duras e rachadas, devem ser evitadas. Procurar uma casca mais macia e com cor bem acentuada.
  • Quiabo: os menores são os melhores e macios. As pontas devem quebrar com facilidade, mas não podem estar moles.
  • Couve-flor e brócolis: as folhas devem estar bem verdes e brilhantes. Amareladas, indicam já estarem maduras demais. 

Cascas, talos e folhas são alimentos importantes

Cascas, talos e folhas de alimentos concentram consideráveis quantidades de vitaminas, minerais, fibras e outros nutrientes indispensáveis ao funcionamento do organismo. “Por tabu ou desconhecimento, acabamos desprezando e desperdiçando. Às vezes as cascas podem ter até 40 vezes mais nutrientes que a polpa”, enfatiza Isabel Vitiello.

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A nutricionista salienta que as cascas de maçã, de abacaxi, de laranja e de limão são ótimas se liquidificadas com água e coadas para sucos e chás. “Pode-se fazer geleias, pela presença de pectina, misturando cascas de diversas frutas. E não precisa muito açúcar, pois a fruta contém frutose. Dá para fazer sorvetes com casca de manga, bolos veganos de casca de banana e bolo de casca de abóbora.”

E você sabia que é possível até mesmo fazer farofas, risotos, caldos e omelete com talos e folhas? Brócolis, espinafre, couve-flor, beterraba, cenoura, batata e sementes de abóbora são ideais para isso. “Reaproveitar cascas, talos e sementes pode parecer insignificante, mas além de contribuir com as questões ambientais, promove saúde e bem-estar. Não esqueça de higienizar corretamente e dar preferência aos produtos orgânicos”, complementa Isabel.

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