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DIVERSIFICAÇÃO

Região tem potencial para produzir plantas bioativas

No primeiro dia, palestrantes apresentaram relatos em torno da cadeia produtiva

O potencial do Vale do Rio Pardo para produzir e industrializar plantas que podem virar remédios ou outros produtos importantes para utilização em seres vivos está em debate na 16ª Reunião Técnica Estadual sobre Plantas Bioativas e no 2º Congresso Sul-Brasileiro de Plantas Bioativas. Os eventos começaram nessa terça-feira, 22, e seguem até sexta-feira, 25, na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), e são realizados em parceria com a Emater-RS/Ascar, com apoio do governo do Estado, Afubra, Fapergs e outros 36 parceiros.

Na abertura a professora da Unisc e coordenadora do curso de Farmácia, Chana de Medeiros da Silva, ressaltou que já existem exemplos de sucesso na região com plantas aromáticas como capim-limão, melaleuca, lavanda e hortelã. “Esse evento visa debater a temática das plantas bioativas e suas interfaces. Foi planejado em eixos que irão promover a conexão de diferentes atores da cadeia, como produtores rurais, cooperativas, extensionistas, pesquisadores, estudantes, empresas, indústrias, gestores públicos e a comunidade”, afirmou.

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Segundo ela, é importante estimular os debates em torno do tema. “Vivemos em uma região com um grande potencial para incentivar esse cultivo, explorar e comercializar os produtos e seus derivados, assim como gerar renda.”

Conforme o agrônomo José Cláudio Secchi Motta, da Emater-RS/Ascar, em todos os biomas do Brasil há plantas bioativas que podem ter seus princípios ativos explorados. Porém, frisou que o assunto ainda está em fase inicial no País e no mundo, o que reforça a importância de fomentar a pesquisa e a criação de uma cadeia de produção em torno desses vegetais.

A amplitude de uso dessas plantas é muito grande, segundo ele. “O eucalipto, por exemplo, pode ser usado como ativação muscular em uma massagem, e pode ser utilizado em um detergente de chão, para dar aroma, para repelir insetos. Cada planta, na sua condição e natureza, no seu metabolismo secundário, produz substâncias e princípios ativos que são usados na vida da gente. Começamos a manhã escovando os dentes com uma pasta que tem menta dentro, por exemplo”, salientou.

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SAIBA MAIS

A professora Chana de Medeiros da Silva explica que “plantas bioativas” podem ser quaisquer plantas que produzem efeito sobre algum sistema biológico, seja humano ou outro ser vivo.

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Nos quatro dias do evento, estarão reunidos profissionais pesquisadores, empresários, agricultores e estudantes da área. A intenção é fomentar a criação de uma cadeia produtiva em torno das plantas bioativas no Vale do Rio Pardo através de palestras, oficinas e demonstrações de casos de pessoas, empresas ou municípios que já produzem ou utilizam produtos a partir de plantas. Dez palestrantes de quatro estados (RS, SC, SP e RJ) serão ouvidos.

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Os eventos irão priorizar o tema Ciência, saberes e inovação em plantas bioativas. Ontem, as atividades começaram discutindo a produção e comercialização. Nesta quarta, o eixo é pesquisa e inovação. Na quinta-feira, será debatido o acesso a políticas públicas de plantas bioativas. O tema da sexta-feira será sustentabilidade e biodiversidade a partir das plantas bioativas.

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