Com bandeiras do Brasil e camisetas da Seleção Brasileira, entoando cânticos exaltando o patriotismo, fazendo orações e reproduzindo o hino nacional em uma caixa de som, os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, mais uma vez, marcaram presença em peso neste domingo, 20, em frente ao 7º Batalhão de Infantaria Blindado (7º BIB), em Santa Cruz do Sul.
O grupo está no local de forma ininterrupta, há três semanas, desde o dia 30 de outubro, logo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar a vitória do candidato Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de presidente do País. Os manifestantes reforçam a contrariedade ao resultado das eleições presidenciais, por isso, permanecem em vigília e reivindicam que o TSE libere códigos-fonte de urnas eletrônicas para o Exército realizar averiguações e análises.
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Em relatório divulgado no último dia 10, o Ministério Defesa não pontua irregularidade nas eleições, mas não exclui a possibilidade de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas. Conforme o Ministério da Defesa, o relatório indicou importantes aspectos que demandam esclarecimentos, dentre eles, que “houve restrições ao acesso adequado dos técnicos ao código-fonte e às bibliotecas de software desenvolvidas por terceiros, inviabilizando o completo entendimento da execução do código, que abrange mais de 17 milhões de linhas de programação”.
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“Estou lutando porque houve uma injustiça. Quero que seja feita justiça. Foi encaminhado o laudo dizendo que existe a possibilidade de as urnas terem sido fraudadas. Porque o TSE não libera as urnas para o Exército ter acesso aos códigos-fonte? Se liberar as urnas e for confirmado que o resultado é o que aconteceu, eu paro o meu protesto. Estou protestando contra o TSE, porque praticamente eles rasgaram a constituição”, disse uma mulher de 66 anos, moradora de Santa Cruz, que preferiu manter seu nome em sigilo, pois segundo ela, não quer estragar a amizade que tem com pessoas que apoiam o candidato Luiz Inácio Lula da Silva.
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“Não podemos concordar com esse resultado”, diz empresário
De acordo com o pastor William Prado, manifestantes de diversas cidades da região, como Rio Pardo, Pantano Grande, Vera Cruz, Venâncio Aires, Encruzilhada do Sul e Lajeado comparecem ao ponto de encontro. Um dos cerca de 20 venâncio-airenses que veio à Santa Cruz do Sul neste domingo manifestar sua contrariedade ao pleito foi o empresário Adriano Fagundes, de 50 anos.
“A nossa reivindicação é que se tenha uma eleição de forma clara e transparente, e queremos que o TSE mostre pra nós que não houve fraude, que as urnas são seguras. Mostrem os códigos-fonte, os logs das urnas, para que o Exército possa fazer as averiguações e dizer, se for o caso, que as eleições foram corretas”, disse ele. “Aí, nós vamos voltar para as nossas casas. Mas enquanto isso não ocorrer, nós vamos permanecer aqui, de maneira ordeira, respeitosa, sem impedir o ir e vir de ninguém. Só queremos a garantia da liberdade e os princípios básicos das pessoas”, complementou o empresário.
Para Adriano, houve inconformidades que foram apontadas nas urnas e inconsistências que aconteceram durante o processo eleitoral. “Desde o início nós percebemos claramente uma forte tendência do próprio STF, e o TSE agindo como se fosse um partido político, tomando claramente uma posição partidária, onde todas as demandas para um candidato eram aceitas, e do outro lado nada era aceito, tudo negado. Nós não podemos concordar com esse resultado.”
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