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SANTA CRUZ

Gersi Rodrigues recebe homenagem em reinauguração do ginásio do Bairro Bom Jesus

Foto: Guilherme Athayde

Grupo de Danças Olodum, criado há 35 anos, foi o primeiro de Santa Cruz. Hoje, é formado por filhos e netos do professor David

O professor Gersi David Rodrigues, falecido em 2017, foi homenageado nessa quinta-feira, 17, em Santa Cruz do Sul, durante cerimônia considerada como a reinauguração do ginásio do Bairro Bom Jesus. O local abriga as atividades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Integrar, da Prefeitura.

O evento foi organizado pela viúva de David Rodrigues, que dá nome ao ginásio desde 2019, mas na época não houve cerimônia de inauguração. Agora, a família aproveitou a Semana da Consciência Negra para reparar essa lacuna. Maria de Lourdes Nascimento se emocionou com as palavras de personalidades do bairro e amigos do ex-professor, que atuou por 40 anos em escolas estaduais.

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Maria de Lourdes: momentos de emoção

“Ver a presença das crianças foi além do que eu esperava, pois ele trabalhou a vida inteira com crianças. Achei que não ia aguentar a emoção”, disse Maria. “Eu e meu marido tivemos uma convivência muito bonita. Nos conhecemos quando ele tinha 12 anos e eu 9, coisa de criança mesmo, algo muito lindo, muito puro. A gente se amava de verdade, e vou carregar essa saudade para o resto da minha vida.” A cerimônia contou com a presença dos alunos da escola do Bairro Bom Jesus.

Um dos participantes foi o bispo emérito dom Gílio Felício, que lembrou com carinho do amigo que inspirou muitas pessoas. “Foi um grande parceiro nas atividades da Paróquia da Conceição, apoiador da minha missão como seminarista. Ele procurou fazer de tudo para que crescesse em muitas pessoas, aqui em Santa Cruz e em outras cidades, a valorização da vida dos afrodescendentes e de tantas outras culturas”, relatou.

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Para Amarildo Laerte Rodrigues, um dos filhos do professor David Rodrigues, o evento foi maior do que o esperado. Ele é um dos integrantes do Grupo de Danças Olodum, criado por Rodrigues e pela esposa Maria de Lourdes há 35 anos. Na época, não havia nenhum grupo de danças afro na cidade. Várias pessoas já passaram pelo Olodum, que hoje está somente no núcleo familiar. “A homenagem foi além da expectativa, senti muito boas energias”, afirmou Amarildo, um dos nove filhos do homenageado.

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