Depoimento mais aguardado da manhã desta sexta-feira, 18, no júri do Caso Francine, o delegado regional Luciano Menezes abriu o jogo. Falou sobre os bastidores da operação traçada em 2018 para prender Jair Menezes Rosa, de 62 anos, homem acusado de ter estuprado e assassinado Francine Rocha Ribeiro, de 24 anos, em 12 de agosto de 2018 no Lago Dourado. Ele também explicou como afastou as possibilidades de um suspeito no caso, que quase foi morto pela facção Os Manos.
“Havia um suspeito com histórico de crime sexual na ficha e morador da região onde o fato ocorreu. Começou o comentário na cidade e recebemos a informação de que o Chapolin, líder da facção, havia mandado matar ele porque achavam que tinha cometido o crime. Depois, era pra cortar os pedaços dele e jogar no campo do Bom Jesus. Fomos lá com as viaturas, pegamos ele e tivemos que fugir, porque uns 30 faccionados fecharam a rua para não nos deixar sair com ele. Tivemos que sair de ré.” Foi confirmado, posteriormente, na investigação, que o suspeito em questão, que tinha rompido a tornozeleira eletrônica, não tinha nada a ver com o caso.
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Antes de falar à juíza Márcia Inês Doebber Wrasse, o delegado regional Luciano Menezes encarou fixamente Jair por alguns segundos. “Determinei que a delegada Lisandra canalizasse todos os recursos para investigar o caso, devido à gravidade. Pela experiência de mais de 20 anos como investigador, deu pra ver logo de cara que tinha sido provocado por um homem perverso, que agiu com muita maldade”, salientou. “Esse tipo de atitude dele demonstra psicopatia. Ele não é enfermo mental, é um tarado sem vergonha, egoísta, egocêntrico, sádico, que buscou se satisfazer numa relação de poder e dominação, que a vítima não aceitou e, por isso, foi morta”, complementou o delegado regional Luciano Menezes.
O júri segue ao longo da tarde e noite. A expectativa é de que o resultado saia pelas 20 horas. Jair Menezes Rosa foi dispensado do julgamento às 14h40, em pedido da defesa, por questões de problemas de saúde.
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