O júri popular de Jair Menezes da Rosa, de 62 anos, acusado de ter assassinado Francine Rocha Ribeiro, de 24, iniciou na manhã desta sexta-feira, 18, no Fórum de Santa Cruz do Sul. A sessão, presidida pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse, teve início com o sorteio dos sete jurados que compõem o Conselho de Sentença. Após isso, ocorrem as oitivas das três testemunhas arroladas no processo: delegado Luciano Menezes, a delegada Lisandra de Castro de Carvalho e a irmã gêmea de Francine, Franciele Rocha Ribeiro.

O julgamento segue com o depoimento do réu Jair Menezes da Rosa. Ele é acusado de furto (teria levado um celular, óculos e uma blusa de Francine), estupro e homicídio quadruplamente qualificado. As qualificadoras, que podem ampliar a pena, foram definidas pelo feminicídio (o fato de a vítima ser mulher), meio cruel (asfixia), uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima (ela ter sido amarrada) e ocultação da prática de outro crime (o réu teria tentado ocultar o estupro).

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Jair nega ter cometido os crimes e será levado ao plenário por uma equipe da Susepe. Atualmente, ele permanece detido no Presídio Estadual de Candelária. O defensor do acusado é o advogado criminalista Mateus Porto.

A partir do início da tarde, no plenário, ocorrerão os debates entre acusação e defesa. Familiares da vítima e do acusado, jurados, funcionários da 1ª Vara Criminal, MP, testemunhas, advogado de defesa, réu e imprensa acompanham o desfecho do caso.

Relembre

O crime ocorreu na tarde do dia 12 de agosto de 2018, quando Francine saiu para caminhar no Lago Dourado e não foi mais vista. A vítima foi encontrada já sem vida pelo pai na manhã seguinte, em um matagal cerca de 400 metros distante da pista.

O laudo da perícia apontou que Francine foi morta por asfixia mecânica, após ser estuprada, espancada e estrangulada. Ela ainda teve ossos do pescoço quebrados pela força usada pelo agressor e hemorragia internas no abdômen, causadas pelo espancamento.

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