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TRADIÇÃO

Projeto do forno comunitário é aprovado pela Prefeitura de Santa Cruz do Sul

Objetivo é resgatar a tradição dos imigrantes alemães, que assavam alimentos como pães, bolos e cucas em grandes fornos a lenha

A Prefeitura de Santa Cruz do Sul aprovou o projeto da construção do Forno Comunitário da Imigração Alemã, proposto pelo Rotary Cidade Alta. A iniciativa tem como objetivo resgatar e preservar a tradição dos imigrantes alemães, que assavam pães, bolos, cucas, bolachas e outros alimentos em grandes fornos a lenha. Ainda não há definição quanto ao local, mas a ideia é que seja erguido no prédio da antiga Cooperativa Agrícola Linha Santa Cruz, em um ambiente nos fundos da atual Feira Rural da localidade.

Um dos idealizadores do projeto é Paulo Trinks. Segundo ele, a iniciativa surgiu em 2019, por ocasião das celebrações dos 170 anos da imigração alemã em Linha Santa Cruz, mas acabou interrompida pela pandemia de Covid-19. Agora, a expectativa é pelo avanço dos trabalhos. Ele recorda as tradições de sua família e de outras da região, que, aos sábados, se reuniam para preparar os pães e cucas que seriam consumidos ao longo da semana. Agora, o objetivo é trazer de volta esse costume e demonstrá-lo às novas gerações.

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Outra responsável é a professora, pesquisadora e escritora Lissi Bender, que elaborou o projeto apresentado e aprovado pela Prefeitura. O documento traz um histórico da colonização alemã em Santa Cruz e recorda que um dos principais costumes trazidos pelos imigrantes foi o de utilizar os fornos a lenha, construídos fora das casas, para assar os alimentos. Com o passar do tempo e a consolidação dos utensílios a gás e eletricidade, essa tradição foi perdendo espaço.

Assim, os objetivos da construção do forno comunitário são valorizar a culinária de origem germânica em Santa Cruz; contribuir para que cucas, pães e outras receitas permaneçam como iguarias nos eventos familiares e comunitários, para que as novas gerações tenham acesso ao modo de fazer; preservar sabores e aromas característicos dos alimentos assados em forno a lenha; criar um espaço de encontro, troca de ideias, experiências e saberes e, por meio de oficinas e produção culinária, vender localmente os alimentos; servir de apoio a entidades sem fins lucrativos e, por fim, fomentar o turismo colonial alemão.

Lissi salienta no texto que os imigrantes trouxeram consigo, além de baús com roupas e utensílios, uma vasta gama de hábitos alimentares que acabaram integrados à cultura da região, como as cucas, pães de diversas variedades e os biscoitos natalinos e amanteigados.

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A ideia é que o forno comunitário seja utilizado aos sábados e em vésperas de feriados e eventos especiais, sempre por alguma entidade previamente inscrita e sob cuidados de uma pessoa com conhecimentos práticos da elaboração das iguarias da culinária alemã, designada pelo Rotary Clube Cidade Alta. A Prefeitura agora trabalha nos trâmites burocráticos para a construção, e ainda não há prazos estabelecidos para conclusão e funcionamento.

Venda

A proposta apresentada à Prefeitura prevê que os alimentos produzidos no forno comunitário serão vendidos no local ou na Feira Rural de Linha Santa Cruz. Os investimentos para a produção serão de responsabilidade da entidade inscrita, bem como os lucros obtidos. Cada entidade que utilizar será também responsável pela limpeza e boa conservação do espaço e dos utensílios disponíveis. Além disso, o novo ambiente deverá receber oficinas para que a população interessada aprenda a preparar as receitas tradicionais.

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