Segue até esta quinta-feira, 10, o II Congresso Estadual de Políticas Públicas e Participação Social no Sistema Prisional, que teve início nesta quarta, 9. O evento é promovido pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) em parceria com as Secretarias Estadual de Saúde (SES), de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS), e com a Federação dos Conselhos da Comunidade do Rio Grande do Sul. Participam do congresso representantes de todo o Estado.
Na abertura, o reitor da Unisc, Rafael Henn, enfatizou que a universidade, enquanto instituição comunitária, é alicerçada na qualidade do ensino, pesquisa e extensão, com serviços à comunidade. Ele lembrou que em maio, a Unisc participou da inauguração de uma sala de Ensino à Distância no Presídio Regional de Santa Cruz. “Temos que dar condições de saúde, de vivência, de educação para pessoas que estão privadas de liberdade”, completou.
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Em entrevista à Rádio Gazeta 107,9 FM, na manhã desta quarta-feira, Pauline Schwarzbold e Lia Possuela, organizadoras do evento, falaram sobre o objetivo do congresso. “Unir as questões relacionadas à saúde, trabalho, educação, alternativas penais e controle social, que se referem às políticas públicas que são desenvolvidas dentro do sistema prisional. Esse congresso reúne pessoas, trabalhadores, comunidade, gestores, para discutir e aprofundar essas políticas públicas que são essenciais”, explicou Lia.
Em 2020, o Brasil atingiu a terceira posição mundial em número de presos, somando 811.707 pessoas. A população carcerária do Rio Grande do Sul é de 43.421 pessoas, ocupando a oitava posição na taxa de aprisionamento por estado da federação. A superlotação e as condições de vida das pessoas privadas de liberdade interferem de forma negativa na saúde da população privada de liberdade.
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Segundo Pauline Schwarzbold, que é psicóloga, o congresso é uma das oportunidades para que os servidores públicos e a comunidade compreendam a importância da execução das políticas públicas. “Ainda temos muitos estigmas que precisam ser superados e esse congresso traz propostas, ideias, momento de encontro e reflexões, além de formação para que a gente efetive essas políticas em todos os âmbitos da sociedade.”
A ressocialização e a reintegração à sociedade é um dos temas mais debatidos no evento. “Nós, enquanto cidadãos, profissionais, servidores públicos, temos que olhar para essas pessoas e pensar que eles vão voltar a ser nossos vizinhos, a ser as pessoas que nos atendem no supermercado, etc. São pessoas que se inserem em vários lugares e por isso é preciso pensar em novas perspectivas”, completou Pauline.
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No Centro de Convivência, próximo ao Auditório Central da Unisc, trabalhos desenvolvidos por apenados de diversas casas prisionais estão expostos, como quadros, bonecos amigurumis, entre outros. Além disso, há banners com pesquisas acadêmicas sobre o tema.
*Colaborou John Kaercher Machado
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