A pandemia do novo coronavírus provocou sérias consequências no âmbito esportivo. Porto-alegrense radicado em Santa Cruz do Sul desde os 4 anos de idade, Vinícius Lersch da Silveira estava na Europa, onde disputou a Superliga Espanhola de Vôlei. Com o avanço da Covid-19 pelo mundo, ele conseguiu retornar há duas semanas, sem apresentar sintomas da doença. Mas ficou em quarentena, seguindo orientações dos órgãos de saúde.

Em sua primeira temporada no exterior, Silveira contou que tudo aconteceu de maneira muito rápida. “Literalmente do dia para a noite, as medidas de segurança foram tomadas pelo governo espanhol. Ginásios foram fechados e logo depois os jogos foram adiados por duas semanas, até anunciarem o cancelamento da Liga”, disse o atleta, que morava em Castellón de la Plana desde setembro passado.

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O clima tenso ficou mais evidente no momento em que estava prestes a retornar para o Brasil. “O primeiro voo que iríamos fazer dentro da Espanha (de Valência para Madri) foi cancelado. Eu morava com mais um brasileiro, e ficamos preocupados em não poder voltar para casa. No fim, o clube alugou um carro para irmos para Madrid, e de lá pegar o voo para São Paulo”, recordou o jogador, que era ponteiro na equipe L’illa Grau.

A felicidade pela experiência inédita deu lugar à incerteza sobre o futuro na Espanha, segundo país que mais registrou mortes por Covid-19 neste momento. “Precisamos esperar essa situação passar. Todos os dias dou uma olhada nos jornais de lá, além de sites que atualizam os números”, comentou.

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Sonho de continuar atuando fora do Brasil
Apesar da pandemia, Vinícius Silveira disse que a temporada foi enriquecedora nos aspectos profissional e pessoal. “Tenho vontade de seguir jogando por lá, espero que as coisas se normalizem e que eu possa voltar a colecionar mais experiências na Espanha ou em outro país europeu”, ressaltou o atleta. Quando a competição foi encerrada, restavam dois jogos para o término da fase classificatória. “Depois ainda teríamos os playoffs. Felizmente na última rodada, entrei no time ideal”, celebrou.

Assim que chegou a Santa Cruz do Sul, onde moram os pais Luciano e Lea Betina e o irmão Bernardo, Silveira realizou a quarentena recomendada pelo Ministério da Saúde. “Tive contato mínimo com a família, mas felizmente passei por esse momento difícil sem nenhum sintoma. Desde que cheguei ainda não saí”, disse o jogador, que começou a carreira no Colégio Mauá, passando ainda pela Sogipa, de Porto Alegre; São Bernardo Vôlei e Corinthians, ambos de São Paulo, e Maringá Vôlei, do Paraná.

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