Inserir Santa Cruz no radar da produção audiovisual nacional e estimular o “turismo cinematográfico” são os objetivos de um projeto de lei aprovado nesta segunda-feira, 24, pela Câmara de Vereadores. O texto prevê a criação da Film Commission, órgão que terá como missão colocar o município na vitrine do setor. A ideia, que conta com apoio de produtores locais, é contar com uma estrutura que atue como facilitadora para atrair o interesse de produtores em selecionar Santa Cruz como cenário para gravações de filmes, séries, novelas, comerciais ou qualquer tipo de produto audiovisual.
O modelo existe em várias partes do mundo e, no Rio Grande do Sul, dois dos principais polos cinematográficos regionais, Porto Alegre e Bento Gonçalves, já possuem comissões em atividade. Outra está em implantação em Gramado, um dos principais destinos turísticos do país.
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Pelo projeto aprovado, o conselho será presidido pelo secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo. Também farão parte os titulares das pastas de Cultura e de Planejamento e representantes da Câmara, Associação de Bares e Restaurantes, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Conselho Municipal de Turismo (Comtur). Assim que a lei for sancionada pela prefeita Helena Hermany (Progressistas), as entidades serão convocadas a indicar os nomes e as nomeações serão formalizadas por decreto.
Conforme o secretário de Desenvolvimento Econômico, Márcio Martins, a primeira ação da comissão deve ser a produção de um material sobre pontos do município com potencial para serem locações, que poderá ser entregue a agentes da indústria. “Vamos filmar pontos turísticos, interior, igrejas, casas antigas e colocar à disposição para qualquer trabalho audiovisual. Sabemos que não perdemos em nada em belezas naturais para outras regiões”, explicou.
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O projeto parte do princípio de que a realização de gravações na cidade pode gerar um impacto econômico significativo, a partir da demanda sobre serviços locais. Na justificativa, o governo cita o caso da obra O Filme de Nossas Vidas, que foi rodado na Serra gaúcha, com um custo de R$ 1,2 milhão. Estima-se que 35% do valor tenha sido injetado na economia da região, em serviços de hospedagem, alimentação, locação de vans, comércio e outros. Santa Cruz chegou a ser cotada para ser cenário do filme e, em 2013, o diretor Selton Mello visitou a cidade para prospectar locações, mas a falta de uma estrutura organizada para recebê-lo pesou para que as conversas não evoluíssem.
O governo ainda acredita que o projeto pode gerar um incremento na demanda de turismo receptivo – com a presença de artistas de renome na cidade, por exemplo. Além disso, uma obra que tenha Santa Cruz como cenário poderia funcionar como uma divulgação para a cidade e, com isso, atrair visitantes, assim como aconteceu em Bagé, onde a cidade cenográfica construída em 2012 para a gravação do longa-metragem O tempo e o vento tornou-se um ponto turístico permanente do município. Por conta disso, Martins afirma que o projeto deve ser “um marco no turismo de Santa Cruz”.
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