Em visita a Santa Cruz do Sul nessa quinta-feira, 20, a secretária-adjunta de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Simone Stülp, exaltou o planejamento e a infraestrutura do município para essa área. Ela visitou o Parque de Inovação e Tecnologia, localizado no Distrito Industrial, e conversou com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Márcio Farias Martins. Na sequência, foi até a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) para conhecer o TecnoUnisc e outras iniciativas conduzidas pela instituição.
A secretária buscou entender a situação atual do ecossistema de inovação de Santa Cruz e como o programa Inova RS pode atuar para aprimorar os projetos já em andamento. Ela lembrou da transição de governo que vai ocorrer no início do próximo ano e chamou a atenção para a necessidade de manter os investimentos nesse setor, tanto em âmbito municipal quanto estadual. “Essas ações precisam ser de longo prazo. Não dá para começar hoje e daqui a quatro anos mudar todo o escopo.”
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Márcio Martins destacou que desde o início da gestão de Helena Hermany (Progressistas) sempre houve a intenção de instalar um parque de inovação e tecnologia. “O município é enorme e carece de pessoas para atuar nessas áreas.” Lembrou ainda que já existe uma lei de inovação e também uma lei que regulamenta o acesso e o funcionamento do parque. As inscrições para empresas e startups que desejam se instalar no local encerram nesta sexta-feira, 21, e há cerca de 30 interessados em ocupar os 40 espaços disponibilizados inicialmente. A estrutura completa possui mais de 2 mil metros quadrados.
Simone salientou a diferença entre as realidades de cada região. Enquanto em alguns locais o ecossistema de inovação se estabelece por meio dos empresários e avança com o apoio do poder público, em outros o Executivo precisa tomar a iniciativa e buscar parcerias para que esse progresso ocorra. Lançado pelo governo do Estado com esse propósito, o programa Avançar na Inovação já aportou mais de R$ 112 milhões em recursos para o fomento de projetos de inovação, ciência e tecnologia desde 2019. Na região dos Vales do Taquari e Rio Pardo estão sendo investidos R$ 13,7 milhões. Esses repasses podem ser obtidos por meio de diversos editais públicos voltados às startups e empresas consolidadas com atuação nessas áreas.
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O objetivo principal, segundo a secretária, é aproximar as chamadas “quatro pás da hélice”: universidade, poder público, empresas e sociedade civil organizada. Para Márcio Martins, Santa Cruz demorou para começar a trajetória na área e, por isso, encontra-se atrás de outros municípios próximos, como Lajeado. Simone, porém, acredita que isso pode ser benéfico tendo em vista a possibilidade de aprender com outras iniciativas de sucesso e também utilizar um modelo de ambiente de inovação adaptado ao contexto atual.
Aproximação entre as partes
Ao comentar sobre o que viu em Santa Cruz do Sul e como avalia os projetos locais, Simone Stülp enfatiza que a aproximação entre universidade, empresas e poder público é o grande destaque do município. “Quando viemos acompanhar os resultados do programa Inova RS Vales, saímos daqui muito satisfeitos vendo que a hélice está rodando em uma cidade tão relevante do nosso Estado.” Cita ainda a importância da criação de um espaço público como o Parque de Inovação e Tecnologia e também a abertura do edital de chamamento para startups se instalarem no local.
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Para ela, muitas das empresas sediadas no Distrito Industrial já conduzem programas próprios de inovação em busca de soluções para problemas e dificuldades, mas neste momento podem ter um olhar de transformar a região em um distrito de inovação dentro do novo contexto global. “As ações que Santa Cruz vem desenvolvendo, seja por meio do Converge ou do Inova RS Vales, são extremamente interessantes nessa articulação entre os atores da hélice”, afirma. Simone acredita que essa aproximação pode alavancar e trazer melhorias aos produtos, processos e serviços dessas empresas.
Como exemplo prático de inovação, a secretária citou as GovTechs. Isto é, ecossistemas em que os governos colaboram com as startups com o objetivo de promover soluções e melhorar os serviços e processos públicos, gerando impactos positivos na sociedade. Uma das possibilidades demonstradas é o uso de aplicativos por meio dos quais a população pode relatar problemas e solicitar a execução de serviços nas cidades. Com base nesses dados, as prefeituras podem elaborar relatórios e empregar estratégias mais otimizadas e, assim, ganhar agilidade e poupar recursos públicos.
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