Após mais de 20 dias, permanece um mistério quem é o motorista de um carro Honda Civic branco que atingiu a auxiliar administrativa e de marketing Cristina Bruck Ramos, de 40 anos, em Santa Cruz do Sul. O caso gerou ampla repercussão a partir de um vídeo divulgado no Portal Gaz que mostra o momento exato do atropelamento da santa-cruzense, ocorrido por volta do meio-dia de 29 de setembro. O condutor fugiu sem prestar socorro.

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Um dia após a divulgação do vídeo e a revelação do caso pela Gazeta do Sul, um leitor entrou em contato com a reportagem e repassou imagens de um veículo com as mesmas características do envolvido na ocorrência. Além disso, o carro estava com o espelho retrovisor externo do lado direito parcialmente quebrado – local do Civic que acabou acertando Cristina no dia da ocorrência. Após o acidente, amigos da vítima recolheram destroços do espelho e guardaram para futura comparação.

As imagens do leitor foram repassadas por ele também à Polícia Civil. O caso é investigado pela Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), mas pouco avançou desde que aconteceu. O receio de Cristina é que, com a demora na busca por indícios, o carro envolvido já tenha sido restaurado e as filmagens de câmeras que poderiam mostrar detalhes como a placa já tenham sido removidas dos bancos de imagens.

O advogado criminalista da Agostini Kist Böhm & Kist (AKBK), Roberto Weiss Kist, vem prestando assessoria à vítima. Ele comentou o andamento do caso. “Estamos investigando algumas informações que recebemos após a primeira matéria da Gazeta sobre o suposto condutor do veículo. Espero que possamos ajudar, inclusive as autoridades, a elucidarem o caso o mais rápido possível”, comentou.

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Vítima volta ao trabalho com tipoia

No dia do atropelamento, Cristina Bruck Ramos havia saído para o intervalo do trabalho, em uma clínica odontológica na Rua 28 de Outubro, Bairro Universitário. Após verificar alguns arranhões na lataria de seu Toyota Etios Cross prata, a moradora do Bairro Santo Inácio foi atropelada por um veículo que passava na via em direção à esquina da Rua Coronel Oscar Jost. O forte impacto jogou Cristina ao chão e o celular voou para dentro de um pátio.

Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi ao local e levou a vítima para o Hospital Santa Cruz (HSC). O diagnóstico médico apontou que ela teve fratura na clavícula esquerda, escoriações diversas pelo corpo e lesões na cabeça, bem como um corte no lado esquerdo da face. Passadas três semanas, ela vem lutando para conseguir trabalhar.

“Voltei ao trabalho após o período de atestado, mas estou usando tipoia, trabalhando praticamente com uma mão. Ficou também a cicatriz no rosto”, disse ela nessa quinta-feira, 20, à Gazeta. A vítima fez exame de corpo de delito e afirmou aos agentes da DPPA que quer representar criminalmente contra o autor do atropelamento. “Pode não ser só coincidência que esse carro fotografado tenha quebrado no mesmo local que me acertou, mas precisa ser confirmado. Fico com receio porque é uma apuração que está se mostrando demorada. Sem essas fotos que o leitor enviou, não sei se teríamos um norte”, salientou a vítima.

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