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Na Justiça

STJD pune Ceará e Sport por invasão do gramado com interdição de seus estádios

Torcedores precisaram de atendimento no gramado da Ilha do Retiro | Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press

O STJD prometeu punição rápida para Ceará e Sport após as lamentáveis cenas de violência, agressão a uma bombeira, objetos atirados no campo e invasão do gramado nos jogos do fim de semana. Nesta terça-feira, Otávio Noronha, presidente do Tribunal, deferiu pedido da Procuradoria e interditou a Arena Castelão e a Ilha do Retiro, obrigando os clubes a jogarem com portões fechados em casa e sem torcedores como visitantes. Raniel e Luiz Henrique, jogadores do Vasco que provocaram a torcida pernambucana, também foram punidos, com 30 dias de suspensão preventiva, ou dois jogos no período.

“Como consignei expressamente em decisão pretérita, proferida nos autos do Mandado de Garantia n. 157/2022, citada aliás, pelo próprio D. Procurador subscritor da Denúncia, o art. 35 do CBJD refere-se à aplicação excepcional de suspensão preventiva aos jurisdicionados, escapando do dispositivo a imposição de interdição de praça de desportos, imposição de realização de partidas com portões fechados, e/ou suspensão de carga de ingressos quando visitante”, afirmou o presidente do STJD, anunciando as penas para Ceará, na Série A, e Sport, na Série B.

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Otávio Noronha se disse horrorizado com as cenas que presenciou na Ilha do Retiro, após assistir ao vídeo com as provas da confusão protagonizada pela torcida do Sport. “Dentre uma das inúmeras selvagerias que ocorreram, um torcedor da equipe do Sport agrediu com um chute uma bombeira que trabalhava na partida, que estava no chão e sem qualquer possibilidade de defesa”, lamentou. “Chega a ser assustador a facilidade com que a torcida invadiu o campo de jogo sem qualquer repreensão, agredindo pessoas que estavam trabalhando, tentativa de agressão também aos atletas adversários e árbitros.”

Assim que o vascaíno Raniel foi comemorar o gol de empate por 1 a 1 com o Sport na frente da torcida, muitos objetos foram atirados ao campo de jogo em direção aos jogadores, entre eles pedras, chinelos, tênis, isqueiros e copos com líquido, o que irritou os pernambucanos de gerou a invasão de campo.

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“Finalmente, no que se refere ao requerimento em face dos atletas denunciados, a suspensão preventiva é instituto de aplicação excepcionalíssima, servindo para atender exclusiva e criteriosamente as hipóteses previstas no código. Não há dúvidas de que as condutas indiciam com acentuado grau de probabilidade, a autoria e a materialidade de ato infracional, que de uma forma ou de outra, apesar de não justificar, acabou por provocar a reação da torcida do Sport, o que redundou nas lastimáveis e vergonhosas cenas protagonizadas no estádio.”

O presidente do STJD também não gostou nada do que viu no fim do jogo entre Ceará e Cuiabá, quando os torcedores locais invadiram o gramado para tentar agredir seus jogadores. “Em linha de princípio, tudo de grave que ocorreu, foi por conta do comportamento violento da torcida do Ceará.”

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