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RIO PARDO

Jovem que degolou motorista de aplicativo é condenado

Foto: Alencar da Rosa/Banco de Imagens

Mais dois alvos da histórica megaoperação Tentáculos, deflagrada em 10 de dezembro de 2020 pela Polícia Civil de Rio Pardo, foram condenados pela Justiça. Em decisão assinada pela juíza Cleusa Maria Ludwig, da Vara da Infância e Juventude, dois jovens de 19 anos – que na época dos crimes tinham 17 – receberam a sentença de três anos de detenção em regime fechado na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) de Porto Alegre.

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Apreendidos na megaoperação, eles foram autorizados pela Justiça para responder ao processo em liberdade. Agora, com a condenação, retornam à Fase. Ao todo, foram 59 mandados – 16 de prisão preventiva, três de apreensão de menores e 40 de busca – cumpridos por mais de 250 policiais em 10 de dezembro de 2020 na Tentáculos.

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Responsável por coordenar a megaoperação, o delegado Anderson Faturi comentou as condenações. “De toda a operação foram gerados 39 processos judiciais por crimes como homicídios e tráfico de drogas, dentre outros delitos. Muitos indiciados já foram julgados e outros seguem em tramitação no Judiciário. São importantes condenações, pois precisamos deixar claro que o crime não compensa, tem consequências – e são graves”, disse Faturi.

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Um dos jovens condenados a três anos na Fase foi autor, junto de outros comparsas, de um dos assassinatos mais brutais registrados nos últimos anos no Vale do Rio Pardo. Trata-se do homicídio do motorista de aplicativo Patrick Brum Dall Ongaro, de 30 anos, de Cruz Alta, em 28 de agosto de 2020. Na ocasião, ele foi atraído pelo bando investigado até Rio Pardo e, após ser pego, foi cruelmente degolado por seis pessoas – incluindo o jovem condenado – em um banheiro de uma casa, no Bairro Pinheiros.

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O corpo foi encontrado no dia 10 de setembro de 2020, às margens da estrada geral de Passo do Adão. O mandante, Jéferson Juliano Vedoi, assistiu à execução de dentro da cela da prisão por meio de vídeos que seus comandados fizeram, enquanto Dall Ongaro, ainda vivo, agonizava tendo a cabeça decepada por uma faca de cozinha.

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Esse mesmo jovem envolvido nessa execução teve participação no assassinato de Lindomar Tomaz, 41 anos, morto a tiros em 25 de abril de 2020, no Bairro Vila Pinheiros. Por esta morte, o outro rapaz atualmente com 19 anos também foi condenado por ser um dos autores. Os nomes dos dois sentenciados não foram revelados pela polícia em virtude do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê sigilo em processos envolvendo menores de idade.

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Ação da polícia deixou legado para a cidade

O delegado Anderson Faturi salientou o legado da megaoperação Tentáculos. Rio Pardo convivia com altas taxas de homicídios nos anos que antecederam o trabalho de investigação. “É um legado importante que a operação deixou e isso se deve a esse trabalho que realizamos, de redução da criminalidade”, complementou. Foi apurado à época que mais de 20 mortes violentas na Cidade Histórica tiveram como pano de fundo o tráfico de drogas.

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Após o trabalho, a queda nos assassinatos foi vertiginosa, a ponto de o município ficar quase um ano sem homicídio registrado. O último, no dia 30 de setembro deste ano, quando Alexandre Machado Garcia, de 39 anos, foi assassinado a tiros no Bairro Parque São Jorge, permanece em investigação. A suspeita, entretanto, é de que esse caso recente não tenha relação com o tráfico e sim com uma desavença antiga.

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Com as duas condenações dos jovens segue aumentando o número de sentenciados em decorrência da megaoperação. No fim do ano passado, o principal líder da organização criminosa que comandava os delitos em Rio Pardo, Jéferson Juliano Vedoi, de 42 anos, recebeu a pena de 18 anos e oito meses pelo crime de tráfico de drogas. Na mesma sentença, outro alvo da operação, David Rodrigues da Luz, de 23, foi condenado a nove anos e sete meses por tráfico. Em julho de 2022, houve outra leva de condenados.

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