O ex-pistoleiro Marcelo do Carmo, o Marcelinho, de 37 anos, foi condenado a 22 anos de prisão em sessão do Tribunal do Júri, realizada nessa quarta-feira, 5, no Fórum de Santa Cruz do Sul. O julgamento foi presidido pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse. Rogério Fava Santos foi o promotor de justiça e a defesa do acusado foi feita pelo defensor público Arnaldo França Quaresma Júnior.
O matador da facção Os Manos foi acusado de ser o mandante do assassinato de Thiago Maciel de Borba, de 32 anos, ocorrido em 10 de setembro de 2018. Na ocasião, por volta das 19h30, na Rua São Filipe, Loteamento Beckenkamp, Bairro Dona Carlota, Tchaco, como o rapaz era conhecido, foi assassinado em frente à própria filha. Sete jurados, sendo quatro mulheres e três homens, analisaram o caso.
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Dois fatos marcaram o início do julgamento. O defensor público Arnaldo pediu a cisão no processo, para que o caso de Marcelinho fosse analisado pelos jurados em separado de outros três homens que também seriam julgados nessa quarta. O Ministério Público e a juíza Márcia não se opuseram ao pedido e os réus Anderson dos Santos Ramos, de 26 anos; João Carlos Godoy, de 40; e Deividi dos Santos, de 31, que integravam o bando do ex-pistoleiro, vão ser julgados pelo homicídio em momento posterior.
Embora tenham ido até o Fórum, após a decisão, os três retornaram às casas prisionais em que estão detidos. Anderson e João Carlos estão na Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva) e Deividi no Presídio Regional de Santa Cruz do Sul. Também, a Defensoria Pública solicitou que Marcelinho, que negou a autoria do crime e foi ao Fórum escoltado sob forte esquema de segurança, fosse liberado ainda pela manhã para voltar à Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas (PMEC) e não acompanhar o restante do júri, o que foi aceito por todas as partes.
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O delegado Alessander Zucuni Garcia, titular da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP), prestou depoimento, bem como um jovem de 21 anos, atualmente preso no Presídio Regional de Santa Cruz do Sul. Este também estava envolvido na ocorrência, porém como ainda era menor de idade – tinha 17 anos – será julgado pela Vara da Infância e da Juventude.
Penas por homicídios superam 50 anos
Na dosimetria da pena, às 19 horas, a juíza Márcia Inês Doebber Wrasse considerou a reincidência de Marcelinho na vida criminal, bem como a corrupção de menor, pois o jovem de 21, na época com 17, participou do homicídio. No despacho, a magistrada citou o fato de Tchaco ter morrido em frente à filha. “As consequências foram graves, tendo em vista que a vítima, quando sofreu os disparos, estava com sua filha de 6 anos, tendo-a empurrado para não ser atingida, o que certamente causou abalo emocional e trauma à criança”, disse Márcia.
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As penas por homicídios cometidos ou mandados por Marcelinho já superam 50 anos. Além dos 22 anos de prisão pela morte de Thiago Maciel de Borba, o ex-pistoleiro foi condenado a 14 anos pelo assassinato de Denian de Oliveira em 27 de agosto de 2018. E também foi sentenciado a 20 anos pela morte de Andressa Luana Soares Oliveira, em uma boate de Linha Nova, no dia 15 de julho de 2016.
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