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ESSÊNCIA PLURAL

De Fenaf a Oktoberfest: a cultura transforma a festa da produção

Foto: Banco de Imagens/Gazeta do Sul

O setor do tabaco movimenta a economia santa-cruzense e, em celebração a essa característica produtiva, foi criada, em 1966, a Festa Nacional do Fumo (Fenaf). O evento teve a segunda edição em
1972, incorporando a Bierhaus. Naquele ano, o prefeito Elemar Gruendling demonstrou interesse em promover uma Oktoberfest, mas ainda não via a possibilidade de ter estrutura para que tivesse periodicidade anual. Em 1978, o município sediou a última edição da Fenaf que, na década seguinte, daria origem à Festa da Alegria.

A Oktoberfest mantém a essência plural até a atualidade. Ganharam espaço as questões culturais, as tradições trazidas pelos colonizadores, mas não foi abandonada a valorização do agronegócio, com fomento para produtores e empresas locais. O evento cresceu e, em 1998, passou a receber delegações de outros países, como Argentina, Uruguai e Alemanha. Assim, ampliando ano a ano, com atrações como shows nacionais, danças e desfiles típicos, gastronomia e muito chope, firmou-se como uma das maiores festas alemãs do Estado.

Parque da Oktober visto do alto durante o evento de 2021

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No passado

A primeira edição da Oktober foi realizada de 28 de setembro a 7 de outubro de 1984. Nasceu, por certo, pequena. Não ultrapassava a alameda em que, atualmente, está situada a Vila Típica, pois os shows eram regionais. O idealizador, Ademir Müller, então secretário municipal de Turismo, teve o apoio do prefeito Armando Wink. Havia a previsão da presença do governador do Estado, Jair Soares, mas ele esteve no município apenas para a inauguração da pista asfáltica do aeroclube – hoje aeroporto com viagens para Porto Alegre.

Müller ressaltou, na época, que Santa Cruz nunca havia sido tão comentada, com repercussão em veículos de comunicação como televisão, rádio e jornais com circulação estadual. “Assim que terminou a feira (Fenaf 1978), eu analisei o seguinte: ‘existe uma Secretaria de Turismo, a gente tem que tornar a cidade de Santa Cruz uma cidade turística, e tem coisas que ajudam nisso. As estradas são boas, temos uma capacidade hoteleira razoável, mas vamos aumentar, e temos uma gastronomia boa e atrativa’”, recorda.

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Diante do pensamento do secretário, a intenção era realizar a Oktober já no próximo ano. Não aconteceu. A possibilidade começou a ser discutida em 1983. “Em 1983, Wink se elegeu e me chamou para trabalhar
com ele. Fui como secretário de Turismo e aí eu disse que só aceitaria trabalhar se ele me desse carta branca para fazer um evento germânico todo ano. Ele aceitou.”

E se, atualmente, os jovens representam grande parte do público da Festa da Alegria, no início houve resistência. “Naquela época, a Avenida do Imigrante já era um ponto de encontro da juventude. Então, o secretário Ademir Müller pedia para eu pegar o carro de som, e eu ia para a Imigrante chamar os jovens para ir à festa. A maioria dizia que não iria, e chamava a Oktoberfest de quermesse. Mas fomos trabalhando a juventude para que eles frequentassem a festa”, disse o professor Fernando Vilela, que era responsável pelo Departamento de Esporte da secretaria municipal.

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Neste ano, a expectativa é de que 500 mil pessoas passem pela estrutura da Oktoberfest. “Os visitantes não querem pegar o carro e dirigir na volta, e a gente nem incentiva isso, porque é uma festa que tem bebida alcoólica. As pessoas se hospedam e acabam passando o fim de semana na cidade, fazendo girar todo o comércio”, observa a presidente da 37ª Oktoberfest, Roberta Pereira.

Rainha Christiane Bublitz

Corte da Oktoberfest

Outro tradicional momento da festa é a escolha das soberanas. O primeiro trio foi formado pela rainha Christiane Bublitz, representando a Sociedade Aliança; tendo como princesas Simone Scholz, representante do Sesc; e Janine Antônio, representando o Corinthians.

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