A próxima safra de arroz do Rio Grande do Sul deve ser de ajustes em todas as regiões, inclusive no Vale do Rio Pardo. O reflexo direto será uma redução na quantidade de produto disponível no mercado. No momento, as principais áreas de cultivo da região estão em fase de preparativos das lavouras.
O Instituto Riograndense do Arroz (Irga) estima que em âmbito estadual a área plantada ficará 10% menor em relação à safra anterior, quando foram ocupados 957.185 hectares. No ciclo passado, a produção chegou a 7,7 milhões de toneladas.
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No Vale do Rio Pardo, porém, o corte deve ser ainda mais significativo nos 11 municípios produtores, chegando a 19,04% em termos de área. Na safra 2021/2022, foram 27.780 hectares e nesta, a estimativa é fechar em 22.490 hectares.
Avaliação
As variações têm explicação, afirma Ricardo Tatsch, chefe do 5º Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural do Irga, com sede em Rio Pardo. Segundo ele, da mesma forma que em outras atividades, os custos de produção representam um dos maiores entraves. Com gastos maiores, a renda dos agricultores acaba sendo impactada de forma signitficativa. “A expectativa é que a situação melhore, pois os preços atuais tornam inviável produzir arroz. O custo está maior do que a receita”, ressalta.
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Diante desse cenário, Tatsch observa que está havendo uma migração para culturas mais rentáveis. Entre as preferidas para a transição, observa, estão a soja, o milho e a própria pecuária. No Estado, por exemplo, o avanço da oleaginosa foi de 20% em relação ao arroz.
Quanto ao abastecimento, no entanto, a área menor não deve ter grandes impactos. Isso porque as safras anteriores apresentaram resultados acima do esperado, o que deve proporcionar o suprimento necessário. O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de arroz do País e a colheita ocorre normalmente entre fevereiro e abril.
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