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Ação do CVV em Santa Cruz do Sul orienta sobre a prevenção ao suicídio

Foto: Rafaelly Machado

Flores e panfletos informativos foram distribuídos a todos os que se dirigiram à feira

Voluntários da unidade santa-cruzense do Centro de Valorização da Vida (CVV) realizaram uma mobilização na manhã desse sábado, 10, em frente à Feira Rural do Parque da Oktoberfest. Com a distribuição de materiais informativos e flores amarelas, a ação foi alusiva ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio e teve como objetivo chamar a atenção e orientar a comunidade sobre a importância do tema, bem como apresentar o serviço. No local, foi oferecida ainda a possibilidade de realizar escuta presencial com os interessados.

De acordo com a porta-voz do CVV Santa Cruz, Naira Lisiane Zanette, a escolha da feira não foi por acaso. “É um lugar de muito movimento. As pessoas vêm até aqui para adquirir seus alimentos e perguntam sobre o nosso trabalho, aí nós explicamos do que se trata. Foi muito interessante”, afirma. Ela acrescenta ainda que a população foi receptiva e aberta às informações repassadas pelos voluntários. Sobre a realização de outros atos nas ruas, Naira diz que dependem da disponibilidade dos voluntários.

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O CVV Santa Cruz foi criado há 17 anos e é um dos 120 postos de atendimento existentes em todo o Brasil. Naira explica que quando alguém telefona para o número 188, a ligação é recebida por uma central localizada em São Paulo. De lá, a chamada é encaminhada para qualquer lugar do país onde haja um voluntário disponível para atendê-la.

A demanda varia de 10 mil a 12 mil ligações por dia. Com isso, apesar de existir um posto no município – o único no Vale do Rio Pardo –, as chamadas locais não são direcionadas a ele. “Não temos o dado de quantos telefonemas atendemos por dia, sabemos apenas que quando sentamos para trabalhar o telefone não para de tocar”, revela a porta-voz. Durante a ação presencial, inclusive, algumas pessoas revelaram que já haviam utilizado o serviço. Essa grande procura evidencia o quão delicada e latente é a questão do suicídio. “O nosso sonho é que o CVV não precise mais existir, mas enquanto ele for necessário nós estamos aqui para ouvir e acolher a quem precisar.”

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Naira destaca ainda que a unidade santa-cruzense está sempre em busca de novos integrantes para compor o quadro, que atualmente é composto por somente oito pessoas. Além disso, há uma certa rotatividade. Para ser voluntário do serviço, é preciso ter mais de 18 anos, pelo menos quatro horas disponíveis por semana e vontade de ajudar. Antes de iniciar o trabalho, todos passam por um curso de capacitação e uma espécie de estágio. Durante esse período, algumas pessoas acabam descobrindo que, mesmo com interesse e boa vontade, a função não é para elas. “Nós respeitamos as decisões. O CVV é para todos, mas nem todos são aptos a esse trabalho”, observa.

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