A vida é uma caixa de surpresas, às vezes precisamos deixar de lado (por um tempo) algo muito importante para priorizar novos momentos. Desde criança, uma das minhas maiores paixões é a fotografia. Minha mãe conta que, logo que ela comprou o primeiro celular com câmera, eu já comecei a fotografar, no quintal de casa mesmo, aquelas flores rosas que nascem no meio do gramado, segundo ela, sempre de uma forma especial.

A mãe é artesã e costureira, super criativa e tem um talento único. O pai sempre trabalhou com fotografia, ele fica mais na parte de edição e publicidade, outra profissão que requer criatividade.
Dizem que “filho de peixe, peixinho é!”, pois bem, puxei a criatividade do pai e da mãe, sempre tentei capturar o lado bom da vida, as belezas ao nosso redor. Amo fotografar momentos descontraídos e com eles sorrisos únicos.

Anos atrás, quando me perguntaram o que eu faria após a escola, sempre disse que seria advogada ou promotora, até tentei, fiz alguns semestres de Direito, mas percebi que não era o que eu queria. Mas antes de finalizar o Ensino Médio, já tinha feito alguns cursos de fotografia. Meu pai, sabendo que compartilhávamos o amor por fotografar, comprou uma câmera semiprofissional. A partir dali, eu e a câmera não nos desgrudamos mais. Não imaginava que no futuro teria a oportunidade de trabalhar com o meu hobby, pensava que isso estava muito longe de acontecer.

Um pouco antes dos 15 anos, ajudava o meu pai na criação de anúncios, vinha para o centro fotografar roupas e calçados, chegava em casa, recortava e deixava pronto para ele montar os anúncios. Sempre tive muita vontade de aprender tudo.

Aos 16 anos comecei a trabalhar nos Correios da Borges de Medeiros, uma das melhores experiências da minha vida, com pessoas sensacionais que me acolheram e me deram várias oportunidades. Inclusive, foi por lá que fiz meu primeiro curso profissional de fotografia.

A vida deu uma reviravolta e cá estou, na Gazeta do Sul, outro lugar que me abriu diversas portas. Desde sempre amo escrever e, incentivada pelos gestores da redação, estou cursando Jornalismo. Lado bom de uma redação integrada é que podemos unir o útil ao agradável, ser multimídia!

Fui crescendo, amadurecendo e agradecendo! Meus pais e meu irmão (nosso amado Léo) sempre foram e sempre serão o alicerce da minha vida, acreditaram no meu potencial e me apoiaram em todos os momentos! O que sinto por eles é muito mais que gratidão, nem existe palavra para descrever! Espero um dia ser só metade para minha filha do que eles são para mim!

Depois dessa linha do tempo, cheguei ao ponto principal desta coluna. No começo, falei que precisamos priorizar novos momentos. Um fato que não posso deixar de contar, assinamos os papéis da nossa casa própria na terça-feira, estávamos felizes achando que era nossa maior conquista e na quarta de manhã…

A surpresa mais linda chegou em nossas vidas!

A Alice vem aí, estou grávida de 6 meses.

Sempre ouvi falar sobre o amor de uma mãe por um filho, o quanto ele é incomparável e indescritível! Mas sentir ele é melhor do que tudo que já imaginamos.

Estamos vivendo o momento mais emocionante, lindo e especial. Ela sempre esteve nos nossos sonhos, meu e do meu esposo, outra pessoa sensacional que tenho na minha vida. Tenho certeza de que fiz uma ótima escolha de pai para nossa filha, só quem conhece o Ismael de verdade sabe o quanto ele é especial, engraçado e amoroso. É maravilhoso viver esse momento ao lado dele! Alice fica faceira quando chegamos em casa e ele começa a falar com ela, todos os dias há o momento deles e é muito especial, ela já reconhece a voz do pai e interage.

Deus preparou tudo!

Sobre a Alice, ela é saudável e não gosta de posar para as fotos da ultrassonografia, não parou para a 3D. Não posso culpá-la, a mãezinha aqui prefere estar do outro lado da câmera também. Mas vamos conversando com ela, até o final da gestação ainda veremos o rostinho da nossa princesa e teremos uma fotografia dela dentro da barriga da mamãe.

Por um tempo, ficarei mais aqui dentro da redação da Gazeta, organizando as fotos que chegam e colocando tudo em dia. Até o final da gestação terei ainda algumas saídas para as pautas externas, não com a mesma intensidade que antes, mas sempre que possível. Até breve!

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