Esta foi uma semana marcada por comemorações. E não se tratou de comemoração qualquer. Na verdade, foram momentos que levaram a nossa população a restabelecer pontes com o passado, próximo ou mais distante. Na quarta-feira, 7, Santa Cruz do Sul e a região, bem como todo o País, engalanaram-se, como se dizia em outros tempos, para celebrar os 200 anos de independência.
Desfiles cívicos e atos solenes marcaram a agenda, e na mídia (jornal, rádio, portal de notícias e televisão) inúmeras seções recuperaram, com conteúdos valiosos, as circunstâncias que antecederam a determinação de Dom Pedro I de que o Brasil se emancipasse de Portugal.
Havia muitas reivindicações em pauta naqueles fatídicos dias da terceira década do século 19, assim como há muitas agendas e demandas em pauta nos dias atuais, neste século 21 em que, acossados como nos sentimos por uma pandemia, esperamos ver o País retomar de novo o curso de pleno desenvolvimento.
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Na mesma quarta-feira que foi marcada pelas celebrações cívicas tivemos, na Praça Getúlio Vargas, em Santa Cruz, a culminância da 33ª Feira do Livro, evento que por dois anos teve de ser cancelado justamente em virtude da pandemia. Mas o retorno de livreiros, autores e leitores à praça ocorreu em grande estilo.
A volta da Feira do Livro à condição presencial, com programação ampla e variada, veio embalada por recordes de visitação e também de vendas. Cerca de 32 mil pessoas foram conferir as atrações, e aproveitaram para adquirir em torno de 27 mil livros, nos mais variados gêneros, mas com destaque para os infantis, o que só evidencia a clara (e justa) preocupação de pais com a educação de seus filhos.
Essa disposição dos santa-cruzenses e da comunidade regional pela aquisição de livros, produto cultural por excelência que se traduz em saber, conhecimento e estímulo à imaginação (e imaginação, vale lembrar, significa estabelecer sinapses, o equivalente às fagulhas que ativam a alegria e a descoberta do novo), é digna de todos os elogios.
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É impensável, inimaginável, nos dias de hoje, com tanta oferta de conteúdo e tanta facilidade de acesso a saberes variados, que a leitura não esteja presente, como um fertilizante mágico, na rotina de cada pessoa. De nada vale todo o resto se não houver tomada de consciência e lucidez: lucidez (cujo radical remete a luz) para ver iluminado o mundo que nos cerca, para observar a realidade com clareza, com a transparência (e não a opacidade) que condiz com cidadão sábio, justo, despido dos preconceitos que embotam a alma.
Milhares de livros, portanto, foram incorporados a milhares de lares em toda a região. Ali, ao lado de revistas e de jornais, que se dedicam diariamente a registrar fatos e acontecimentos, a informar e a formar, compreendem o fermento, o adubo, o salitre, que fará a Nação avançar, dia após dia, rumo a um ambiente marcado por mais justiça, por mais igualdade, por mais respeito. E, principalmente, por mais cultura, sem a qual todo o resto meio que perde seu sentido. Boa leitura, e um ótimo final de semana para todos!
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