A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu o maior nível desde abril de 2020, antes da crise provocada pela pandemia de Covid-19. O dado, parte de um levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), é um termômetro para o varejo. O ICF alcançou 82,1 pontos, mantendo a tendência de alta registrada desde o início do ano e sinalizando boas perspectivas para o varejo no País.

Conforme o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz do Sul (Sindilojas-VRP), Mauro Spode, o levantamento é o reflexo da retomada de alguns setores, sobretudo aqueles ligados às datas comemorativas do calendário. “Estamos percebendo uma recuperação da economia, que acaba sendo confirmada por meio do consumo – que está crescendo –, mas sobretudo pela confiança do consumidor, que alcançou um patamar pré-pandemia no mês de agosto”, analisa.

LEIA TAMBÉM: Atividade industrial começa semestre em alta

Spode explica que a pesquisa mostrou 82,1 pontos, acima inclusive dos resultados de agosto nos últimos dois anos. O ICF é formado pelos índices de emprego atual, perspectiva profissional, renda atual, acesso ao crédito, nível de consumo atual e perspectiva de consumo e de momento para compra de bens duráveis, como eletrodomésticos. “Esses fatores devem confirmar a grande expectativa que se tem com o fim de ano, especialmente o Natal, que ainda é a grande aposta do varejo. Ainda confiamos, mesmo com todas as dificuldades de hoje, em uma tendência de crescimento para este ano e boas projeções para 2023”, salienta.

Segundo o economista-chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre, Oscar Frank, duas situações podem colaborar para o aumento do otimismo quanto ao comércio, o que se reflete no desempenho do varejo. Segundo ele, a deflação nos preços para as famílias, verificada nas últimas semanas pela redução da tributação incidente em determinados bens e serviços essenciais, é um dos fatores. “Os grandes destaques foram os combustíveis e a energia elétrica. Os próximos levantamentos no curto prazo deverão capturar, ainda que em intensidade menor, os efeitos da medida, sobretudo no tocante às comunicações”, analisa.

LEIA TAMBÉM: Preço da gasolina mantém tendência de queda em Santa Cruz

Frank diz ainda que agosto foi marcado pelo início do fortalecimento das transferências sociais, realizadas via Auxílio-Brasil, com aumento de R$ 400,00 para R$ 600,00, além do incremento da base de pessoas aptas a receber o benefício. Também houve uma queda de 0,5% na taxa de desemprego entre abril e julho.

Sequência de crescimento no comércio

O comércio de Santa Cruz do Sul registrou, ao longo das principais datas comemorativas de 2022, uma sequência de índices de crescimento, iniciando pelo Dia das Mães. A data, que para alguns segmentos do varejo é até mais importante que o fim de ano, apresentou crescimento de 7% na comparação com maio de 2021. Na sequência, o frio do inverno e as estratégias do comércio para o Dia dos Namorados confirmaram a expectativa do segmento, registrando crescimento de 10%. O desempenho do 12 de junho fixou de vez a data no calendário de bons negócios do varejo, segundo o presidente do Sindilojas, Mauro Spode.

LEIA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS DO PORTAL GAZ

Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!