Em uma tenda, cercado de conhecimento travestido em livros, um grupo de autores participou da Convergência Literária, integrando a programação da 33ª Feira do Livro de Santa Cruz do Sul. Advogados, estudantes, professores, jornalistas e servidores públicos tiveram a oportunidade de contar a sua relação com as letras e a forma como o texto entrou em suas vidas e acabou em páginas.
São casos como o da venâncio-airense Rosmeri Menzel. Funcionária pública, ela conseguiu fazer com que a escrita fosse mais do que entretenimento e o alimento para a alma. Ao lançar, em 11 de setembro de 2021, A menina Carolina, deu à obra mais uma função: além de contar a história, representou auxílio para a família da personagem principal.
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“O pai da Carolina é meu colega na Corsan, e eu via a situação da família, já que a menina estava internada em um hospital em Porto Alegre por longo tempo, o que tinha um alto custo. Então, sugeri fazer um livro. Queria ajudar com algo que eu fizesse”, recorda. O pai conversou com a família e a menina ficou eufórica. A vontade virou realidade. Foram vendidos mais de 1,1 mil livros, com todo o lucro revertido para auxiliar nos gastos da família.
Com uma campanha interna nos escritórios da estatal, a história de Carolina chegou a 54 municípios gaúchos, viajou para Portugal e para outros quatro estados brasileiros. “Ela aproveitou essa repercussão por um mês, pois logo faleceu, mas ainda hoje é vendido como forma de auxiliar a família”, conta Rosmeri, que lançará sua próxima obra (Infinitude) na Feira do Livro de Venâncio Aires no próximo dia 10.
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Na conversa dos escritores, promovida pela editora Vírtua, percebeu-se a capacidade motivacional dos livros, em especial dos que chegam ao papel, mesmo em tempos de significativos avanços tecnológicos, em que as telas chamam a atenção. “O que temos visto, com a Vírtua, é uma espécie de revolução literária no Rio Grande do Sul, mostrando toda a importância do impresso na vida de todos”, enfatiza Mauro Ulrich, que lançou o livro de poesias Stupidman e o jornal literário Sarau durante a feira.
Diversidade
O proprietário da Vírtua, Rafael Augusto Machado, diz ter orgulho da diversidade de focos, interesses e pessoas entre os que assinam obras publicadas pela editora. “Temos um pouco de cada estilo, é uma das maiores alegrias atender a toda essa diversidade. Temos estudantes, pessoas de chão de fábrica, professores, advogados, conteúdos diferentes e expectativas de vida, que justificam criações diferentes”, destaca.
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Empresário em Caxias do Sul, ele enfatiza a organização da feira santa-cruzense. Além disso, comenta que os autores costumam gostar de vir, pela receptividade. “As pessoas de Caxias sempre querem vir, porque é uma experiência positiva, por conhecer o povo, fazer amizades. Vai além da questão do interesse em vender. Claro, precisamos vender, mas é muito mais pelo aspecto pessoal de como nos sentimos bem aqui”, elogia.
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