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CULTURA GAÚCHA

Projeto Borzeguito planta a semente do tradicionalismo

Foto: Bruno Pedry

Projeto do DTG José Altivo dos Santos disponibiliza 30 vagas para a invernada mirim, com dança sempre nas noites de quintas-feiras

A Semana Farroupilha e o 20 de Setembro, data mais importante para os gaúchos, se aproximam. Mas não é apenas no nono mês do ano que a tradição deve ser mantida. Com o objetivo de sempre ter acesa a chama do amor pela cultura gaúcha e de oportunizar novas vivências para crianças de 6 a 13 anos, foi criado o Projeto Borzeguito no Departamento de Tradições Gaúchas (DTG) José Altivo dos Santos, do Clube dos Subtenentes e Sargentos de Santa Cruz do Sul.

Aula de tradições gaúchas: a expectativa da garotada que agora integra o projeto é participar dos circuitos de rodeios no futuro | Foto: Bruno Pedry

O patrão do DTG e coordenador do projeto, Daniel Henrique Christmann, explica que, até então, o departamento não tinha invernada mirim. Por isso, ele e a esposa, Lidiane Reis Christmann, resolveram reativar o DTG e buscar, nas escolas próximas ao clube, crianças que quisessem participar da iniciativa. “Estabelecemos 50% de vagas para filhos de sócios do clube e 50% para crianças em situação de vulnerabilidade social devidamente comprovada.”

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As aulas começaram em junho e seguem até dezembro, como parte da primeira etapa do projeto. A segunda fase já está programada para começar em fevereiro de 2023. “Como são todas crianças iniciantes no tradicionalismo, é diferente. Nas três primeiras aulas, demos a oportunidade de eles conversarem com o professor. A partir disso, os pais que se interessaram começaram a trazer os filhos”, conta o patrão.

Mais de 20 crianças já participam do Projeto Borzeguito. “Temos vagas para mais dez, ainda estamos recebendo. É tudo um aprendizado. Quando terminar a primeira fase, e a invernada se formar, vamos investir em pilchas novas para participar dos circuitos de rodeios, que é o grande desejo da gurizada”, acrescenta Christmann. 

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As aulas de dança ocorrem sempre nas noites de quintas-feiras e lanches são disponibilizados para os alunos. “O retorno que temos é ótimo, porque são crianças que nunca tinham visto uma bombacha, um vestido de prenda, e agora não veem a hora de chegar a quinta-feira”, relata.

Uma experiência valiosa que é passada adiante

O professor responsável por ensinar as crianças do Projeto Borzeguito é Dassayew Porto. Com apenas 10 anos de idade, ele passou a integrar o CTG Lanceiros de Santa Cruz. Já são 17 anos envolvido com a tradição gaúcha. “Passei por todas as invernadas, desde a pré-mirim, e hoje integro o grupo adulto”, afirma.

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Já experiente como instrutor de dança, ele ressalta que o trabalho é bastante detalhado. “Quase 90% das crianças que integram o projeto nunca tiveram a oportunidade de dançar. E a gente vai, durante as aulas, conversando, explicando e dando exemplos na condição de quem dança há bastante tempo. Assim, eles vão se moldando, aprendendo”, completa.  

Um dos alunos da turma é Francisco Fernandes Frey, de 7 anos. A mãe dele, Danúbia Fernandes, comenta que sempre incentivou o filho, que também gostou da ideia de participar do projeto. “Primeiro eles fizeram uma aula experimental, e ele gostou desde o primeiro encontro. Foi nosso primeiro contato com a dança gaúcha.”

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A origem do nome do projeto 

A palavra “borzega” deriva de borceguí, que foi um tipo de calçado usado na Espanha durante a Idade Média. Atualmente, em alguns países, especialmente Argentina e Peru, a palavra borceguí é utilizada para descrever botas de uso militar. “Por sermos um clube de origem militar, procurei uma coisa lúdica. Pedro Américo Leal escreveu um poema sobre as botas militares, que ficou muito conhecido como Velho Borzega. Assim, sendo o coturno um símbolo do militar, criamos um diminutivo de borzega, porque essa poesia traz uma série de experiências de vida, de valores, de correção de atitudes e várias coisas boas. Queremos que o Borzeguito seja uma inspiração para essas crianças”, detalha Daniel Christmann.

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