A mobilização de moradores do Bairro Jardim Europa, que se uniram contra a instalação de uma usina de produção de asfalto no local, deu certo. Em uma reunião na tarde desta quinta-feira, 25, realizada no Ministério Público, o vice-prefeito Elstor Desbessell, juntamente com o gerente de obras da Sacyr, Javier Hidalgo, acertou com o promotor de Defesa Comunitária Érico Barin que não haverá mais a construção da usina no terreno localizado na Avenida Melvin Jones.
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De acordo com informações da Administração Municipal, a área locada de quase dez hectares – a empresa utilizaria cinco hectares para a usina – será ocupada apenas em um hectare, com escritório, laboratório e garagem. A terraplanagem será concluída no terreno, e por isso ainda haverá movimentação de máquinas nos próximos dias. Conforme informado na reunião, a empresa segue agora à procura de uma nova área para a instalação da usina de asfalto. Estão sendo analisados locais em Linha Pinheiral e também no município de Vera Cruz. “Não gostaríamos que fosse para Vera Cruz porque é uma fonte de renda importantíssima geradora de impostos, queremos contar com essa usina no município de Santa Cruz”, disse Desbessell em entrevista à Rádio Gazeta 107,9 FM.
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Também em entrevista à 107,9 FM, Barin esclareceu que foram identificados problemas a nível ambiental e urbanístico. “Tivemos a palavra firmada na reunião que houve na promotoria. É preciso que se elogie o município, e também a própria empresa, que foi sensível a toda essa repercussão e aos apontamentos técnicos e jurídicos do MP e, sem qualquer tipo de embargo, acabou concordando em recuar na intenção da instalação.”
Elstor Desbessell comentou que a situação acarretou também no debate sobre a região. “A Melvin Jones é área comercial e a RSC-287 é industrial, então há um conflito de entendimento. Futuramente isso pode até suscitar alteração na Câmara de Vereadores, pois é um local que está virando bem mais residencial.”
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“Identificamos alguns problemas que precisam ser esclarecidos”
O promotor de Justiça confirmou que um hectare da área será utilizado para um prédio administrativo. “Qualquer ideia de estrutura mais danosa, que impactasse o meio ambiente ou ferisse essas questões urbanísticas, foi abandonada. Haverá ali meramente a instalação dessa estrutura.” Barin ressaltou a celeridade com que o problema foi resolvido. “Eu recebi as primeiras notícias deste problema na terça [23], e na quinta-feira o problema já foi resolvido.”
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Ainda de acordo com Barin, o Ministério Público seguirá acompanhando a destinação que foi anunciada, também por conta da licença de instalação que foi expedida. “Identificamos alguns problemas que precisam ser esclarecidos, até para que tenhamos a certeza se houve ou não algum equívoco e se houve ou não alguma atuação inadequada. E, a partir daí, prevenirmos para que não haja repetição desses problemas e, se for o caso, buscar responsabilização se identificarmos que houve atuação de má-fé ou algo do gênero”, acrescentou.
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