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TABACO

Fumicultores já plantaram 55% das lavouras no Vale do Rio Pardo

Foto: Alencar da Rosa

Tabaco recém-transplantado chama a atenção de quem passa ao longo das propriedades. Trabalho deve avançar com tempo firme

A região de Santa Cruz do Sul já tem cerca de 55% da área de tabaco plantada, conforme as estimativas da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). O avanço do transplante das mudas dos canteiros para as lavouras está mais lento em relação a 2021. O motivo é o clima desfavorável, com grandes volumes de chuva e baixa incidência de luz do sol nas últimas semanas. Quando é possível, como nessa segunda-feira, 22, que teve tempo seco durante todo o dia, os produtores agilizam os trabalhos nas propriedades.

É o caso do fumicultor Cloves Bartz, de Cerro Alegre Alto, no interior de Santa Cruz do Sul. Na tarde dessa segunda-feira, 22, ele e a esposa prosseguiam com o plantio dos 60 mil pés de tabaco definidos para a próxima safra. Segundo ele, a chuva dificultou a preparação da lavoura e atrasou o transplante, que deveria ter sido finalizado no início de agosto. “Acabamos perdendo muitos dias e isso prejudicou também as mudas. Algumas já até passaram do ponto, mas esperamos concluir essa etapa até o final do mês”, disse.

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Os dados da Afubra mostram que, no mesmo período do ano passado, o transplante chegava a 62% na região. O gerente técnico da instituição, Paulo Vicente Ogliari, explica que as precipitações volumosas e regulares retardaram a preparação dos camalhões em alguns locais e impediram o transplante em outros. “Já é um estresse para a planta sair do canteiro e ir para a terra, então os fumicultores evitam fazer quando há excesso de chuva e pouca luminosidade.” O especialista afirma, contudo, que o plantio está decorrendo dentro do prazo considerado normal.

“Acontece já há algumas safras esse adiantamento do plantio para evitar que a colheita se estenda para dezembro e janeiro”, salienta. O objetivo dessa mudança é evitar as recorrentes estiagens que atingem o Rio Grande do Sul no verão. “O sol forte dessa época queima as folhas e é um fator determinante para a perda de qualidade do tabaco.” Além disso, colhendo mais cedo, as famílias também evitam as altas temperaturas de janeiro, que tornam o trabalho nas lavouras ainda mais exaustivo.

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Em outras partes do Estado, o transplante está em diferentes etapas. Em Camaquã, no Centro-Sul, o plantio já ultrapassa os 80% e chama a atenção tanto da Afubra como das empresas. “É uma situação nova, e acreditamos que ocorre pelo mesmo motivo: finalizar a colheita mais cedo”, diz Ogliari. Na Região Sul, por outro lado, essa etapa ainda não começou, assim como no Centro-Serra, onde as temperaturas costumam ser mais baixas. Na área de Venâncio Aires, que também contempla Arvorezinha e outros municípios do Vale do Taquari, a estimativa é de 70% de tabaco plantado.

Granizo

As recentes ocorrências de granizo nos municípios do Vale do Rio Pardo fizeram disparar o número de propriedades atingidas. Em toda a Região Sul, até essa segunda-feira, 22, eram 410 notificações para esta safra. No mesmo período do ano passado, o número era de apenas 51, enquanto há duas safras, em 2020, eram 1.770 sinistros. “Podemos ver que não existe uma média. O número muda muito e, de um dia para o outro, o cenário pode ficar completamente diferente.” Porque estão em fase inicial de desenvolvimento, as plantas devem ter boa recuperação e os prejuízos podem ser contornados pelos agricultores até o final do ciclo.

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