O atacante Pedro Henrique Konzen, de 32 anos, esteve no programa Deixa que eu chuto, da Rádio Gazeta FM 107,9, nesta sexta-feira, 19. Na mesa redonda, ele foi questionado pelos integrantes Rodrigo Vianna, João Cléber Caramez, André Guedes, William Thiel e Guilherme Bica. O jogador destacou que emendou a temporada na Turquia com a brasileira e por isso, pretende descansar no fim do ano, após o encerramento antecipado das competições em virtude da Copa do Mundo.
Sobre a eliminação do Internacional para o Melgar na Copa Sul-Americana, Pedro Henrique comentou que o sentimento do grupo foi de decepção, seguido por um silêncio no vestiário. “Foi a primeira vez que sentiu um baque grande no clube. Foi uma derrota dolorosa, era o principal objetivo da temporada. Mas sacudimos a poeira e demos uma boa resposta três dias depois. O calendário é apertado e tivemos condições de dar a volta por cima com a sequência do Brasileirão.”
Pedro Henrique salientou que está preparado para qualquer situação. Por isso, conseguiu dar respostas positivas em alguns momentos da temporada. “Independente de sair jogando ou não, vou procurar dar o meu melhor. O técnico Mano Menezes sempre pensa no que é melhor para a equipe no momento”, salientou. “Naquele dia, a bola não entrou e acabamos não tendo sucesso nos pênaltis. São águas passadas e temos que tirar algum ensinamento da derrota”, complementou.
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Em relação ao Melgar, o atacante afirmou que o adversário não foi menosprezado em nenhum momento. “Estudamos muito como eles jogavam. Assistimos os jogos e respeitamos muito. Sabíamos das dificuldades, até pelo primeiro jogo no Peru. Não fizemos o gol para vencer por um detalhe. A altitude não atrapalhou, mas foi ruim jogar no gramado com uma grama muito rala. Nossa postura foi boa. Não será supresa se eles chegarem na final ou conquistarem o título”, detalhou.
Na avaliação de Pedro Henrique, o ambiente no vestiário colorado é bom. As lideranças, segundo ele, são cobradas pela torcida porque tiveram bons momentos com a camisa do clube. “O Edenilson e o Taison são jogadores de alto nível, já passaram pela seleção brasileira. Conheço o Edenilson e sou amigo dele há dez anos. A cobrança do torcedor é porque ele já entregou muitas coisas boas. Todos perdem e ganham juntos. Não dá para apontar um culpado. Os dois são experientes e vão ajudar muito no restante da temporada. Não está tudo certo quando ganha e tudo errado quando perde. É importante fazer essa reflexão”, observou.
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Para Pedro Henrique, os jogos mais marcantes em cinco meses no Internacional foram contra o Juventude e Colo-Colo. “Em Caxias do Sul, puxei um contra-ataque e perdi um gol, cara a cara com o goleiro. Depois cometi uma falta e o Juventude empatou o jogo no último lance. Foi um banho de água fria. Tenho uma autocobrança e aquilo me motivou. A partir dali, as coisas começaram a acontecer. Me deixou mais preparado pela exigência de vestir uma camisa do peso que tem a do Inter. O melhor momento foi contra o Colo-Colo. A equipe fez uma partida épica. Por todas as circunstâncias envolvidas e o gol que eu fiz no fim.
Com relação à possibilidade de atuar com Wanderson no ataque, Pedro Henrique considera o técnico Mano Menezes um privilegiado por contar com opções no elenco. “O chefe que precisa decidir. Tem treinadores que não contam com tantas opções. O Wanderson tem grande qualidade. Vou estar sempre preparado para ajudar a equipe”, sintetizou. Pedro Henrique chegou a atuar como centroavante no Rennes, da França, quando três atletas estavam lesionados. Porém, enfatizou que prefere jogar pelos lados, com maior utilização do espaço pela velocidade ofensiva.
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Pedro Henrique revelou que recebe muitas mensagens de apoio dos torcedores rivais. “Tenho gremistas na minha família. Amigos gremistas que vestem minha camisa e acompanham os jogos. São pessoas que fazem o que sempre fizeram. Torceram por mim em todos os clubes em que estive. Tenho que agradecer a parceria e amizade. Estou muito feliz de compartilhar esses momentos fora do gramado, essa relação próxima com as pessoas.”
Pedro Henrique frisou que o Brasileirão é muito equilibrado. Para ele, uma das dificuldades é a logística, pelas longas viagens em poucos dias. Em relação ao Internacional, ele acredita que é importante afastar o rótulo de que a equipe não consegue vencer os adversários considerados menores. “Precisamos conseguir vitórias para afastar esse rótulo. Nosso foco passou a ser totalmente no Brasileirão e temos condições de fazer uma boa sequência. Ao natural, o Inter precisa estar entre os primeiros na tabela”, analisou.
Na comparação do futebol brasileiro com o europeu, Pedro Henrique acredita que a arbitragem trava as partidas com muitas faltas. Para ele, há mais espaço para atacar, mas há muitos jogadores de criatividade que dificultam a marcação. Em algumas ligas, segundo ele, os defensores são mais agressivos na Europa. Já em relação à preparação física, o tempo de recuperação no Brasil é menor pela rotina intensa de jogos. “Tem a distância também, condições climáticas distintas, ou seja, são fatores diferentes. A estrutura dos clubes é boa, não vejo um nível tão diferente.”
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Pedro Henrique brincou que agora entende o que os torcedores cobram. “Escuto muito rádio. No começo, foi estranho ouvir o que falavam de mim. Algumas coisas eu sabia que poderia mostrar em campo. Alguns foram realistas e mudaram de opinião após um ar de desconfiança inicial com a minha contratação”, apontou. Para ele, é importante que os treinadores possam aliar a gestão de pessoas com os aspectos táticos e técnicos, pela experiência que teve com treinadores de diversas nacionalidades.
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Pedro Henrique falou sobre a relação próxima com o centroavante Alexandre Alemão, de 24 anos. “Ele é um menino simples, com grande potencial. Estava na hora de falar que ele veio do Novo Hamburgo. Evoluiu algumas prateleiras e vai evoluir mais. Escuta os mais experientes e aproveita as coisas boas para aplicar. Tem um futuro brilhante. Gosto da forma como ele é tratado no clube e como ele retribui. E me ajuda em campo, faz os gols que a gente precisa”, destacou. Alemão é do interior catarinense e tornou-se amigo de Pedro Henrique até pela afinidade cultural, como o gosto pelas bergamotas e o bailão.
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Com contrato até junho de 2024 no Internacional, Pedro Henrique não pretende retornar ao futebol europeu, após ter conquistado diversos títulos e disputados ligas nacionais importantes. Após encerrar a carreira, o atacante pretende manter alguma atividade relacionada ao futebol. Alguns projetos já foram encaminhadas durante o tempo parado na pandemia. Sobre o clássico Gre-Nal, Pedro Henrique disse que vai aguardar para o ano que vem. “Não é algo que penso agora, temos outro foco com o Inter. Mas sabemos que ano que vem teremos essa expectativa no Gauchão”, concluiu.
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