Acusado de matar a tiros o jovem Carlos Rogério Brandão, de 20 anos, apenas por ele ter tido um breve relacionamento com a ex-companheira, Fabiano Dias Ribeiro, de 24 anos, foi condenado a 15 anos de prisão em sessão do Tribunal do Júri presidida pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse, na tarde desta quarta-feira, 17, em Santa Cruz do Sul.
O réu foi julgado no Fórum por um corpo de jurados formado por seis homens e uma mulher. Na sessão, pelo Ministério Público (MP) atuou o promotor Flávio Eduardo de Lima Passos. A defesa de Fabiano foi realizada pelo defensor público Arnaldo França Quaresma Júnior. O caso analisado aconteceu na madrugada de 14 de fevereiro do ano passado, no Bairro Progresso, em Santa Cruz do Sul.
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Uma investigação da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) identificou que a vítima passou aquela madrugada em uma casa da Rua Lauro Eni Alves da Silva, com três amigos. Por volta das 4h20, o autor do crime invadiu a residência e disparou contra o rapaz de 20 anos. As outras pessoas que estavam no imóvel conseguiram escapar ilesas.
O delegado Alessander Zucuni Garcia, titular da 2ª DP e responsável pelo inquérito de 82 páginas, foi a única testemunha a falar no tribunal. Segundo Garcia, o autor dos disparos era casado há sete anos com uma moradora do bairro. Em determinado momento, houve uma separação breve entre eles. Nesse meio-tempo, porém, Brandão teve um rápido relacionamento com a mesma mulher. Esse fato não foi aceito pelo antigo companheiro que, mesmo retornando ao relacionamento com a ex, cometeu o homicídio movido pelo ciúme.
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Carlos Rogério Brandão foi atingido com sete disparos de revólver calibre 38 no crânio, tórax, abdômen e membros e chegou a ser encaminhado com vida por familiares à UPA do Bairro Esmeralda, de onde foi transferido para o Hospital Santa Cruz (HSC). Após parada cardiorrespiratória, médicos e enfermeiras tentaram reanimá-lo, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu ainda na madrugada, na casa de saúde.
Seis testemunhas foram ouvidas ao longo das investigações. No julgamento desta quarta, Fabiano Dias Ribeiro preferiu não prestar depoimento à juíza, apenas negou a autoria do homicídio por meio de uma fala do defensor público Arnaldo França Quaresma Júnior.
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Brigada prendeu o suspeito em flagrante, no Beckenkamp
A Brigada Militar (BM) foi chamada para atender a ocorrência na madrugada do crime. Policiais da Força Tática colheram informações com testemunhas e identificaram a autoria dos disparos. O acusado, após o homicídio, saiu do local em uma motocicleta Honda Biz vermelha, que era da ex-companheira. A guarnição fez buscas e localizou o atirador trafegando no veículo indicado, próximo da própria casa, no Loteamento Beckenkamp, Bairro Dona Carlota.
Ele foi identificado e preso em flagrante. Na época, já havia sido condenado por um roubo em Rio Pardo, cometido em 2017, e estava na condição de foragido do sistema prisional, após ter rompido a tornozeleira eletrônica dois meses antes do homicídio. No bolso da bermuda dele foi localizado um carregador de pistola calibre 380, com duas munições intactas.
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Os PMs o prenderam em flagrante e ele foi encaminhado ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul, onde permaneceu recolhido em prisão preventiva até o julgamento. Foi condenado pelo crime de homicídio qualificado, com a qualificadora de ter impossibilitado a defesa da vítima, Carlos Rogério Brandão, após invadir a residência de surpresa.
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