A Secretaria Estadual da Saúde (SES) realizou, na última quarta-feira, 10, a primeira reunião do Centro de Operações de Emergências (COE) para o monitoramento e acompanhamento da monkeypox no Rio Grande do Sul. O grupo reúne diferentes entidades e representações de áreas de gestão, de universidades e de áreas da saúde. A partir de encontros periódicos, temas e ações quanto ao enfrentamento à doença serão discutidos e deliberados.
Um dos pontos apresentados pela SES, por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), foi o trâmite em finalização para a publicação do plano de contingência. Com previsão de divulgação para os próximos dias, o documento será a referência para as ações do Estado e dos municípios. O objetivo é oferecer aos profissionais e gestores informações estratégicas de contenção, controle e orientações para lidar com a emergência.
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Entre os que compõem o COE, além de áreas da SES, estão representantes de sociedades gaúchas de dermatologia, infectologia, pediatria, associação de medicina da família e comunidade, conselhos estaduais de enfermagem e de farmácia, Ministério Público, Conselho Estadual de Saúde, Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-RS), entre outros.
Monkeypox
Neste ano, é a primeira vez que a transmissão acontece em vários continentes, sem vínculo com viagens à África, região considerada endêmica, onde o vírus já circula há algumas décadas. No Brasil, já são mais de 2,4 mil casos (em 21 Estados), sendo 1,7 mil casos somente em São Paulo.
O quadro clínico do atual surto é caracterizado por sintomas de erupções cutâneas localizadas, por vezes em apenas uma parte do corpo. Não há, até o momento, relato de transmissão por assintomáticos ou em período de incubação (tempo entre o contágio e o início dos sintomas, que pode variar de 5 a 21 dias). A transmissibilidade se estende até a cicatrização completa das lesões.
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O contágio acontece pelo contato direto com as lesões da pele ou com objetos contaminados. A transmissão também pode ocorrer por gotículas respiratórias em contatos próximos. Por isso, todo caso suspeito dever ser isolado, realizado teste laboratorial e notificado. Na ausência de complicações ou fatores de risco (como imunossupressão ou gravidez), o isolamento pode ser cumprido em domicílio, com os devidos cuidados do paciente com os demais coabitantes.
A duração deve ser até a queda das crostas da pele e cicatrização das lesões. Durante esse período, a vigilância do município permanece em contato com a pessoa para o monitoramento.
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