Os Estados Unidos têm potencial para se tornarem o novo epicentro da pandemia de coronavírus devido a uma “aceleração muito grande” de infecções no país, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira, 24.
O vírus respiratório altamente contagioso já infectou mais de 42 mil pessoas nos EUA, levando mais governadores a seguirem o exemplo de estados que estão ordenando que os cidadãos fiquem em casa.
Nas últimas 24 horas, 85% dos casos novos de todo o mundo surgiram na Europa e nos EUA, disse a porta-voz da OMS, Margaret Harris, aos repórteres. Destes, 40% foram dos EUA.
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Indagada se a nação poderia se tornar o novo epicentro, ela respondeu: “Agora estamos vendo uma aceleração muito grande de casos nos EUA. Então de fato têm este potencial. Não podemos dizer que é o caso, mas de fato têm este potencial”.
“Eles [EUA] têm um surto muito grande, e um surto que está aumentando em intensidade”, acrescentou Harris. Mas ela identificou alguns sinais positivos, como exames mais abrangentes e esforços adicionais para isolar os doentes e rastrear os contatos imediatos expostos ao vírus.
Ela também se referiu às histórias “extremamente comoventes” de como os norte-americanos estão ajudando uns aos outros durante a crise.
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Aumento nos números
No geral, o surto global está acelerando muito rapidamente, e ela acredita em grandes aumentos no número de casos e mortes em comparação aos 334.981 casos e às 14.652 mortes já relatadas à OMS até agora.
O site da OMS, que tende a mostrar contagens defasadas dos países, mostrou que a segunda-feira, 23, teve, de longe, o maior aumento diário de infecções desde que o surto começou, em dezembro, com mais de 40 mil casos novos.
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Harris disse que os novos recordes são de se esperar todos os dias até que novas medidas de confinamento comecem a entrar em vigor.
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Europa
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Até o momento, a Europa é o centro da transmissão, e a Itália o país mais duramente atingido, já que tem o maior número de mortes do mundo – apesar de as mortes no país terem começado a diminuir.
Indagada sobre um possível ponto de inflexão na Itália, ela disse: “Existe um vislumbre de esperança lá. Nos últimos dois dias, vimos menos casos novos e mortes na Itália, mas ainda é muito, muito cedo”.
Ela também demonstrou preocupação com o número crescente de casos em países com sistemas de saúde frágeis e alta prevalência de HIV. A quantidade de casos confirmados de coronavírus na África do Sul subiu para 554 nesta terça-feira, antes de uma interdição nacional de 21 dias que entra em vigor à meia-noite de quinta-feira.
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