Desde a noite dessa segunda-feira, 23, está em funcionamento no Ginásio Poliesportivo o hospital de campanha idealizado pela Secretaria Municipal de Saúde. No primeiro dia, o movimento ainda foi baixo, apenas com casos de pouca gravidade sendo registrados.
A Gazeta do Sul acompanhou o início dos trabalhos no local, logo após a abertura da estrutura ao público, às 19 horas. O primeiro paciente foi um homem de 55 anos. Ele passou pela triagem inicial e foi encaminhado para atendimento médico, sendo liberado na sequência.
“No primeiro atendimento o paciente estava bem, apenas com sintomas respiratórios simples. Como ele é sintomático respiratório, por precaução lhe entregamos uma máscara para usar durante a consulta”, afirmou a coordenadora do espaço, Raquel Rozeno.
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Depois, uma jovem, que estava junto a um acompanhante, também foi atendida e liberada. Até as 22 horas dessa segunda, foram nove atendimentos realizados.
Segundo Raquel, duas pessoas chegaram a ir até o local antes de iniciar o atendimento. “Uma pessoa veio ontem (domingo) e uma hoje (segunda-feira) à tarde. Mesmo não tendo atendimento, elas foram orientadas pela nossa equipe.”
O funcionamento do ambulatório de campanha será 24 horas, com atendimento por equipes formadas por três médicos, duas enfermeiras e cinco técnicos em enfermagem. “As equipes são divididas nos três turnos. De acordo com o que for aumentando de leitos em uso, também iremos ampliar o número de técnicos”, complementou a coordenadora do ambulatório.
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No local, o secretário de Saúde, Régis de Oliveira Júnior, falou sobre o apoio do 7º Batalhão de Infantaria Blindado (7º BIB). “Agradecemos a atenção do 7º BIB, que disponibilizou as camas para os 50 leitos aqui do hospital de campanha. O prefeito já solicitou também o apoio dos profissionais médicos deles para nos auxiliarem durante o trabalho.”
Os leitos contam com desfibriladores, respirador, monitor cardíaco e carro de parada cardíaca com equipamentos, além de medicações e instrumentos de enfermagem como nebulizador, estetoscópio, esfigmomanômetro e oxímetro, dentre outros. Quatro camas hospitalares do Hospital Ana Nery também foram doadas para o local.
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O atendimento no ambulatório de campanha é para pacientes com idade acima dos 13 anos que apresentarem sintomas leves a moderados para a contaminação com o coronavírus, como febre, calafrios, dor de cabeça, mal-estar, dores no corpo e dificuldade para respirar.
Quem tiver sinais mais graves, como insuficiência respiratória e falta de ar, deve procurar atendimento médico direto nos hospitais Santa Cruz e Ana Nery, na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Bairro Esmeralda ou no Hospitalzinho do Bairro Santa Vitória.
Crianças com até 12 anos devem ser levadas para o Centro Materno Infantil (Cemai), onde há atendimento especializado. Se apresentarem sintomas leves, mesmo que gripais, o ideal é ligar para a unidade de saúde que atende o bairro, ou para a Vigilância Epidemiológica, nos telefones 2109 9547 e 98444 9875.
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Região tem 43 casos em análise
A Prefeitura de Santa Cruz do Sul atualizou o número de casos suspeitos de pessoas com coronavírus. Das 53 situações em análise no município, 44 são de moradores locais e nove da região. Até o momento são 27 casos descartados, sendo 22 de Santa Cruz e cinco de cidades vizinhas. Outros 26 casos seguem em análise, sendo 22 do município e quatro de outras cidades.
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Em Venâncio Aires, dos 22 casos suspeitos, dez foram descartados e 12 estão sob investigação. Dos quatro casos já notificados em Rio Pardo, dois foram descartados e dois seguem em análise.
Dos dois casos notificados em Vera Cruz, um foi descartado e outro segue em análise, enquanto Pantano Grande possui duas situações em análise. Com as atualizações, o Vale do Rio Pardo chega a 43 casos em análise e ainda nenhum confirmado tendo Covid-19. No Rio Grande do Sul são 96 infectados, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde.
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No vidro do carro, pedido para que fiquem em casa
Lidiane Henn, que é coordenadora administrativa da UPA Esmeralda – que tem a gestão do Ana Nery – auxiliou de forma voluntária na organização do sistema de cadastro dos profissionais que vão atuar no hospital de campanha.
No vidro traseiro do automóvel pessoal, ela escreveu a mensagem #FIQUEEMCASA #ANANERY, como forma de alertar sobre a importância de as pessoas atenderem aos pedidos dos órgãos públicos. “Foi uma corrente iniciada no Hospital Ana Nery. Resolvi colocar no meu carro essa chamada por ser uma forma de alertar as pessoas sobre a necessidade de ficar em casa”, afirmou.
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