A Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira, 29, uma operação em cadeias do Rio Grande do Sul para combater crimes de extorsão. O grupo criminoso alvo da chamada Operação Colaboração, cujos membros estão, a maioria, recolhidos em estabelecimentos prisionais, valiam-se de outros integrantes que estão em liberdade para extorquir, por meio de ligações telefônicas, comerciantes de diversas localidades do Estado.

Na abordagem, se identificavam como integrantes de facções criminosas, com atuação no Rio Grande do Sul e, por vezes, se utilizavam de nomes e de apelidos de supostos líderes desse grupo. Em muitos casos, ameaçavam a vida de comerciantes, dos funcionários e de clientes, além da promessa de causar danos aos estabelecimentos comerciais e outros locais relacionados às vítimas.

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O delito ficou conhecido, popularmente, como o “Golpe da Facção”. Em Santa Cruz do Sul, Rio Pardo e Venâncio Aires, foram vários registros de abordagens de supostos criminosos que buscavam extorquir empresários. A investigação da 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) implicou na identificação de dez indivíduos relacionados à extorsão. Alguns, possivelmente, figurando como “laranjas” e recebendo nas contas bancárias os valores oriundos do delito, mediante contrapartida em dinheiro.

A investigação foi realizada por meio de diversas medidas cautelares de natureza probatória, dentre cautelares sigilosas, depoimentos e diligências de campo. Foram identificadas, ao todo, 81 vítimas do grupo criminoso entre maio de 2021 e junho de 2022. Foram cumpridas seis prisões temporárias e uma preventiva. Houve também uma prisão em flagrante, por porte ilegal de arma de fogo. Dois alvos permanecem na condição de foragidos. Além das prisões, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em endereços vinculados ao grupo criminoso, locais em que foram apreendidos diversos celulares, duas armas de fogo e munições.

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