O Dia do Agricultor, que transcorre nesta quinta-feira, 28, será comemorado a caráter na propriedade de Edson Joel Weise, 52 anos, e de sua esposa Tania Regina Mayer Weise, 46, em Rincão do Pinhal, a cerca de 20 quilômetros da sede de Agudo, praticamente na divisa com Paraíso do Sul. Realizando trabalhos na lavoura? “Perfeitamente!”, garante, com ênfase. Só uma mudança brusca do clima poderá alterar essa programação, quando então outras tarefas serão definidas.
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A exemplo de Edson e Tania, que ainda têm a ajuda valiosa de dona Aracia Mayer, 78 anos, mãe dela, milhares de agricultores em todas as regiões do Brasil festejam nesta quinta-feira, o dia dedicado a sua classe, que responde por importante parcela dos alimentos e das matérias-primas (logo, das riquezas) produzidos no País. No caso dos Weise, eles exploram em torno de 40 hectares, nos quais cultivam 25 mil pés de tabaco, já plantados para a safra 2022/23, e diversificam com a produção de mudas de cebolas. Em 2021, comercializaram 222 mil mudas junto a cooperativas e agropecuárias, especialmente em Agudo.
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Complementam essas atividades com alimentos de subsistência, cultivo de moranguinho (tradicional naquela região) e gado de corte. Em forma de parceria, ainda plantam 22 hectares de arroz.
O capricho em todas as etapas se revela na produtividade que a família obtém no tabaco. No ciclo 2021/22, dos 29 mil pés plantados colheram nada menos do que 612 arrobas. “Eu sei que muita gente nem vai acreditar nisso, mas eu sei que é verdade, e isso é o que importa”, frisa. E não é só o rendimento que impressiona; também a qualidade, a cada ano aprimorada.
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Para salientar a identificação com o campo, a sucessão está sendo encaminhada. O filho Tiago, 25 anos, está concluindo Agronomia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e planeja voltar para casa; sua namorada, Beatriz Stahl, segue o caminho e cursa Agropecuária. Atento a seu universo, Edson é também um líder. Nessa quarta-feira, 27, véspera do Dia do Agricultor, estava na cidade em reunião do Conselho de Segurança Alimentar (Consea). “Ser agricultor é a nossa vida, mas dá para dizer que a gente hoje caminha mancando”, define. Se há a comemorar, também lamenta que não exista, no Brasil, uma política de preços que ofereça um mínimo de estabilidade ao planejamento de cada produtor. “Estamos completamente desassistidos”, resume.
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