Desde os 50 minutos da madrugada desta sexta-feira, 20, o Hemisfério Sul está no outono. A estação, que é de transição do calor do verão para o frio do inverno, será um pouco mais quente em 2020. Pelo menos até abril, os termômetros registrarão máximas acima da média, o que pode ser uma boa notícia para o enfrentamento da pandemia de coronavírus, pois com o aumento do frio, o risco de disseminação da doença se multiplica.
A má notícia é que a quantidade de chuva não deverá ser suficiente para equilibrar os níveis de rios e reservatórios. Conforme o doutor em Climatologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Cássio Arthur Wollmann, a tendência é de que no segundo semestre o clima no Sul tenha interferência do fenômeno La Niña.
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“Ela (La Niña) deixa as temperaturas mais baixas e reduz a quantidade de chuva. Com a possibilidade de interferência desse fenômeno, podemos ter uma estação com um pouco menos de chuva”, salientou.
Conforme a MetSul Meteorologia, a expectativa é de que o outono deste ano seja marcado por precipitações irregulares, com a maior parte da estação ainda apresentando chuva abaixo da média. Segundo boletim técnico, os volumes e a frequência da chuva tendem a aumentar à medida que se aproximar o inverno (junho), quando cresce a possibilidade de eventos pontuais de precipitação com volumes muito altos.
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EFEITO CEBOLA
A estação será conhecida pelo “efeito cebola”, quando as noites e manhãs são frias e as tardes mais quentes. Tal qual uma cebola, a pessoa vai tirando “camadas” de roupa ao longo do dia. “Isso acontece com maior frequência nos primeiros dias do outono, indo até o início de abril”, disse o doutor em Climatologia Cássio Wollmann.
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