O volante Lucas Leiva foi anunciado como reforço do forma oficial pelo Grêmio e apresentado na tarde desta segunda-feira, 27. O jogador somente poderá fazer sua reestreia depois do dia 18 de julho, quando se abre a janela de inscrições. Apesar de já ser um ídolo gremista, Lucas Leiva tem a certeza de que precisará construir uma nova história agora na segunda passagem. Na primeira passagem dele em Porto Alegre, Lucas Leiva disputou 79 jogos e marcou 11 gols. Além da campanha da Série B, o meio-campista fez parte do elenco vice-campeão da Libertadores de 2007, quando o Grêmio perdeu para o Boca Juniors na decisão.

Conforme o atleta, as conversas para o retorno iniciaram em fevereiro. No último mês, se intensificaram. Ele conversou com muita gente do clube e teve contato com alguns jogadores do elenco para saber como estava a situação. Lucas Leiva enfatizou que não vai resolver os problemas sozinho, já que o futebol é um esporte coletivo. O meio-campista de 35 anos decidiu aceitar a proposta por acreditar que pode contribuir de alguma forma.

“O Grêmio é até complicado falar. Aqui, foi o início do meu sonho. Cheguei com 16 anos, morei no Olímpico. Vivenciei o rebaixamento em 2004, voltamos em 2005 e vivi todos os momentos do clube. Tenho o desejo de poder contribuir com o clube. Eu sempre tive o sonho de voltar”, declarou. “O momento chegou. Não importa onde o Grêmio está, importa que eu posso ter a possibilidade de representar o clube novamente. Foi isso que me motivou”, complementou.

O jogador comentou o que mudou em seu perfil após 15 anos na Europa. “Primeiro, o cabelo. Segundo, a questão da liderança. Mesmo sendo jovem, já tinha um perfil de líder. Claro que depois de 15 anos isso se intensificou e eu vou poder passar isso. Sendo um exemplo para os mais jovens, assim como os mais velhos foram para mim também”, observou. Ele também falou sobre como estava atuando e o que pode agregar ao técnico Roger Machado. “Tenho jogado de primeiro volante. Depende do sistema tático que o time estiver jogando. Fiz alguns jogos de zagueiro, mas foram em questões de emergência”, explicou. “Eu acho que a minha carreira fala por si. Joguei em poucos clubes, isso já é uma ideia do meu comprometimento, da minha dedicação. Sempre me entreguei. Isso que o torcedor pode esperar”, concluiu.

Uma das questões levantadas é a busca do Grêmio em retornar à Série A do Brasileiro. Em 2005, Lucas Leiva estava no elenco da vitória épica conhecida como Batalha dos Aflitos, que recolocou o Tricolor na elite nacional. “Esse momento é delicado, como todo mundo percebe. Não sei nem se eu poderia pedir algo para o torcedor, mas se eu pudesse seria ceder. Precisamos ceder em algumas coisas para o nosso único objetivo. Precisamos levar o Grêmio de volta para a Série A. A torcida precisa transformar a Arena em um lugar que os adversários não queiram vir. Temos grandes times na Série B. Não vai ser como a Batalha dos Aflitos porque agora temos o VAR. Se tivermos que sofrer como foi em 2005, terminando da mesma forma, a gente pode suportar”, analisou.

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