Promovido pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e empresas associadas, com apoio da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), o 12º Ciclo de Conscientização sobre saúde e segurança do produtor e proteção da criança e do adolescente iniciou sua programação em Cerro Branco. Participaram do evento nessa quinta-feira, 23, cerca de 300 pessoas, entre produtores de tabaco, agentes de saúde, diretores de escolas, conselheiros tutelares e autoridades.
O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, falou aos participantes sobre a importância dos temas. “Nosso objetivo é ajudar a encorpar as orientações que já são repassadas aos produtores por meio da assistência técnica. A saúde e segurança do produtor e a proteção da criança e do adolescente são temas importantes em qualquer cadeia produtiva e, no caso do tabaco, têm relevância também para o negócio. Clientes têm exigido, cada vez mais, a adequação de todos os processos aos princípios do ESG – social, ambiental e governança. Por esse motivo, ao observar as orientações, o produtor não cuida apenas da família e da sua própria saúde, mas também do seu negócio”, comentou Schünke.
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“Defender a cadeia produtiva também é o objetivo do SindiTabaco, que nesta sexta-feira, 24, completa 75 anos de atividades e de um trabalho incansável em torno da sustentabilidade do setor. Mesmo diante dos desafios que enfrentamos, especialmente ao longo dos últimos anos, é preciso reforçar a lógica do mercado: enquanto houver demanda, alguém vai produzir. Nesse sentido, precisamos estar atentos às exigências do mercado externo, uma vez que 85% da produção é exportada”, completou o executivo.
Adalberto Huve, gerente de Assuntos Ambientais da Afubra e coordenador do projeto Verde é Vida, falou sobre a importância da orientação e do engajamento dos agricultores. “O setor cresceu, se desenvolveu e tem sua credibilidade. Muitas atividades que eram permitidas na minha geração, hoje a legislação não permite. A nossa função é orientar, reforçar e direcionar para aquilo que é possível e o que não é possível fazer”, disse Huve.
Houve a apresentação de vídeos informativos sobre questões como a correta aplicação, manuseio e armazenagem de agrotóxicos e a importância da utilização da vestimenta de colheita, bem como sobre os direitos das crianças e dos adolescentes. O evento se encerrou com a peça teatral Rádio Fascinação, que reforçou, de forma lúdica, as principais orientações com a participação de egressos do Instituto Crescer Legal.
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Cartilha de orientação
Os produtores integrados recebem durante a assistência técnica a cartilha de orientação, que destaca as principais orientações em torno dos temas. Confira abaixo:
Proteção da criança e do adolescente
- Não utilizar mão de obra de crianças e adolescentes menores de 18 anos no cultivo do tabaco: plantio, pulverização, colheita, secagem e venda.
- As crianças e adolescentes na faixa de 6 a 18 anos de idade com Ensino Fundamental incompleto devem frequentar regularmente a escola, em turno e contraturno, este último nas localidades onde houver.
- O produtor deve entregar à empresa com a qual mantiver contrato de compra e venda os seguintes atestados escolares: de matrícula, na contratação da próxima safra; e de frequência, até 120 dias após o final de cada ano letivo. A frequência escolar mínima é de 70% em turno e contraturno, este nas localidades onde houver.
Segurança do produtor
- Somente utilizar agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins: registrados e autorizados pelos órgãos governamentais competentes; de acordo com a receita agronômica e as indicações dos rótulos e bulas, previstas na legislação vigente.
- Manter o pulverizador em perfeitas condições de uso e sem vazamentos, inspecionando-o antes da sua utilização.
- Usar corretamente o EPI (Equipamento de Proteção Individual), em bom estado de conservação, durante o manuseio e aplicação de agrotóxicos.
- Não permitir a aplicação de agrotóxicos por pessoas menores de 18 anos, maiores de 60 anos e gestantes.
- Não expor crianças e adolescentes menores de 18 anos a agrotóxicos durante a aplicação e manuseio.
- Não armazenar agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins a céu aberto.
- Armazenar em armário feito de material resistente, chaveado e destinado somente para esse fim. O acesso a esses produtos deve ser restrito a trabalhadores orientados a manuseá-los.
- Não reutilizar embalagens vazias de agrotóxicos, adjuvantes e afins, para qualquer fim.
- Realizar a tríplice lavagem da embalagem vazia de agrotóxico durante o preparo da calda, utilizando o Equipamento de Proteção Individual (EPI), e destiná-la corretamente.
- Conheça o passo a passo na página 11 da cartilha
- Sinalizar áreas recém-tratadas com agrotóxicos com placa específica para esse fim, durante o período de reentrada indicado no rótulo ou bula do produto.
- Para a colheita, usar sempre luvas impermeáveis e vestimenta específica para se proteger e evitar o contato direto das folhas com a pele.
- Evitar colher o tabaco quando as folhas estiverem molhadas pela chuva ou orvalho.
- Dar preferência aos horários menos quentes do dia para a colheita do tabaco.
Próximos eventos
Na 12ª edição do Ciclo de Conscientização, seis seminários vão mobilizar produtores de tabaco de diferentes regiões do Sul do Brasil. Depois de Cerro Branco, a agenda segue no mês de julho em Prudentópolis (PR), no dia 12; Mallet (PR), dia 13; Major Vieira (SC), 14 de julho; e Vitor Meireles (SC) dia 27, encerrando em Canguçu (RS) no dia 4 de agosto.
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