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INVESTIGAÇÃO

Irmãos confessam assassinato de jornalista e indigenista e acusam mais um de participação no crime

Bruno Pereira e Dom Phillips foram mortos em uma reserva indígena | Reprodução/Twitter

Veículos de comunicação do centro do País, como UOL, O Globo e CNN, tiveram a confirmação, por parte de investigadores da Polícia Federal, de que dois irmãos suspeitos confessaram a autoria do assassinato do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista Dom Phillips. A informação foi publicada no fim da tarde desta quarta-feira, 15. O pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, e o irmão dele, Oseney da Costa Oliveira, conhecido como Dos Santos, revelaram ter esquartejado e enterrado os corpos.

A Polícia Federal está investigando o desaparecimento da dupla na Amazônia desde 5 de junho. A especulação é que o sumiço tenha relação com a atividade de pesca ilegal na região. Uma busca para localizar os corpos e confirmar a versão dos irmãos, que estão em prisão temporária por 30 dias, foi iniciada na região do Vale do Javari.

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Apesar de ter confessado a participação no assassinato, Amarildo negou ter atirado no servidor licenciado da Funai e no correspondente do The Guardian. A versão apresentada por ele dá conta que uma terceira pessoa teria disparado contra os dois, de modo que o pescador já teria recebido os corpos queimados, mas ainda sendo possível reconhecer que se tratava de Bruno e Dom.

Buscas pelos corpos de jornalista e indigenista continuam

A Polícia Federal do Amazonas levou Amarildo ao local das buscas nesta quarta-feira. Uma embarcação com os policiais e o suspeito percorreu o Rio Itaquaí, onde o indigenista e o jornalista foram vistos pela última vez, no dia 5 de junho. Eles também adentraram a mata, na tentativa de localizar a área em que o pescador diz ter enterrado os corpos.

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Em nota, o comitê de crise da Polícia Federal disse que há previsão de conclusão das análises periciais ainda nesta quarta-feira. Entre os itens analisados estão vestígios de sangue encontrados no barco de Amarildo e uma mochila de Dom, localizada submersa amarrada junto a uma árvore. Também estão sendo periciados roupas, calçados e documentos de Bruno.

A prisão temporária dos irmãos é válida por 30 dias. Após esse períodos, a determinação pode ser renovada ou convertida em preventiva, que não tem prazo determinado. Os pescadores não constituíram advogado e, por enquanto, são representados pela Defensoria Pública do Amazonas. Testemunhas relataram aos policiais federais que os dois saíram de barco em alta velocidade atrás de Bruno e Dom no dia do desaparecimento.

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