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HOMENAGEM

Morto em acidente, Pedro Mans se torna nome de rua em Vera Cruz

Foto: Reprodução/Facebook

Jovem era dançarino, tradicionalista, publicitário e gincaneiro

Há quase dois anos, a região perdia o talento e a alegria do jovem Pedro Mans, de apenas 20 anos. Na madrugada de 2 de agosto de 2020, por volta das 4h15, o rapaz, que atuava em múltiplas áreas profissionais e culturais, sofreu um acidente com sua motocicleta Honda CG Titan, quando trafegava pela estrada de Vila Progresso, em Vera Cruz, a cerca de seis quilômetros da residência onde morava com os pais.

Ele foi atingido por um Fiat Punto, dirigido por um rapaz de 22 anos. Dois adolescentes de 16 anos também estavam no carro. Se até hoje o caso aguarda uma conclusão na esfera jurídica, as homenagens ao jovem continuam a partir de seus amigos, dos familiares e da comunidade de Vera Cruz. No último dia 16, o vereador Silas Petry indicou o nome de Pedro para batizar uma rua do município.

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Na semana seguinte, dia 23, a indicação foi aprovada por unanimidade, em sessão na Câmara de Vereadores que contou com a presença de amigos e parentes. “Entrei em contato com a família dele para pedir autorização e aceitaram. Acredito que é merecido pela história dele na comunidade, pelo quanto que, mesmo jovem, participou de tantas frentes e tinha espírito de liderança”, disse Silas Petry.
A Rua Pedro Henrique Kaden Mans fica localizada no Loteamento Residencial Jardim das Oliveiras, no Bairro Bom Jesus. “Ele atuava desde a gincana do Colégio Polivalente, era um fiel escudeiro da Liga Feminina de Combate ao Câncer, um guri muito carismático, de muitas amizades. Foi um jovem que marcou história no nosso município enquanto esteve em vida. Ficamos muito felizes com a repercussão dessa homenagem”, salientou o vereador.

Pai quer plantar árvore na via

Policia Familia de Pedro Mans

Presente na solenidade que efetivou a homenagem a Pedro, o pai, Paulo Mans (na foto ao lado), agradeceu a lembrança. “Era algo que eu não esperava. Ficamos sem palavras. Cada vez que a gente conversa com a comunidade, se surpreende com quantas pessoas o Pedro conversou, ajudou de uma forma ou outra, ou contribuiu com alguma coisa. Essa homenagem foi uma emoção muito grande.”

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Além dos familiares, estiveram presentes no evento do dia 23 os amigos de Pedro, integrantes do CTG Candeeiro da Amizade, da equipe Los Refugos, do Rotaract e do Interact. “Consigo imaginar irmos até a rua, com os moradores de lá, num futuro próximo, e plantar uma árvore que simboliza a essência do Pedro. Foi uma homenagem muito emocionante, agradecemos ao vereador Silas. Infelizmente, não tira a saudade que a gente continua sentindo. Isso vai ser uma coisa eterna que só nós, pai, mãe e irmãs, vão saber dizer”, complementou Paulo.

Família cobra mais agilidade no processo

O inquérito sobre o caso envolvendo o acidente fatal de Pedro Mans demorou três meses para ser concluído. À época, o delegado Paulo César Schirrmann, responsável pela investigação, disse que poucas vezes tantas pessoas foram ouvidas em um caso de trânsito – 13, entre testemunhas, socorristas e o motorista envolvido no acidente. As provas obtidas pela Polícia Civil foram indiscutíveis.

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O condutor do Fiat Punto foi indiciado por homicídio culposo de trânsito – sem a intenção de matar – e o inquérito foi remetido ao Poder Judiciário. No entanto, desde então, a pouca movimentação no processo tem provocado angústia junto à família Mans, que clama por justiça.

O motorista aguarda o julgamento em liberdade. “O autor, indiciado pela Polícia Civil, continua livre. Não mudou nada na vida, está dirigindo, tem sua habilitação. E a gente sofrendo há dois anos, esperando por uma resposta. Isso deveria servir de lição para outras pessoas cuidarem, respeitarem o próximo e não ceifarem uma vida que tinha tantos sonhos pela frente”, disse Paulo Mans. “Não é fácil seguir vivendo e ainda passar por essas lembranças todas do acidente. É bem desgastante para família, amigos. Às vezes, a gente tem que respirar fundo, levantar a cabeça e tocar em frente, mas não é fácil. A lógica da vida é o filho enterrar o pai. É bem complicado ter que enterrar um filho de 20 anos, na flor da idade”, finalizou o pai de Pedro.

Monitorando o caso em nome da família de Pedro Mans, o advogado Luciano Almeida se mostra ponderado quando o assunto é um possível prazo para o final do processo. “O inquérito tramitou de forma rápida na Delegacia de Polícia de Vera Cruz e foi muito bem conduzido. Os policiais trataram de cercar os fatos com o máximo de elementos possível. Houve o indiciamento e na fase judicial, especialmente pela pandemia, a coisa andou de forma muito lenta”, comentou Luciano.

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A denúncia pelo Ministério Pública foi feita pela promotora Maria Fernanda Cassol Moreira. Segundo Almeida, até o momento o denunciado apenas apresentou a defesa. “O processo criminal está no início, sequer tendo começado propriamente a instrução. Recentemente ajuizamos a ação cível para indenização e também está na fase inicial”, relatou.

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