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Alessandro Barcellos fala sobre atraso no pagamento a jogadores do Inter

Foto: Ricardo Duarte/Internacional

Alessandro Barcellos concedeu entrevista para falar de situação sobre atraso nos pagamentos

Após os atletas do Internacional se recusarem a treinar na manhã desta quarta-feira, 1º, no CT Parque Gigante, por conta do atraso no pagamento dos direitos de imagem por três meses, o presidente Alessandro Barcellos decidiu falar à imprensa sobre a situação. Duas parcelas foram quitadas pela diretoria para que o treinamento ocorresse à tarde. O dirigente surpreendeu-se com a manifestação dos jogadores, embora não tenha feito juízo de valor do movimento.

“Os jogadores têm o direito, como todo trabalhador, e não vou eu fazer juízo quanto ao direito ou legitimidade. O que nos surpreendeu foi que esse assunto estava sendo resolvido. Tivemos uma operação de ingresso de recursos, que poderia acontecer entre hoje e amanhã. Expliquei aos jogadores que, se talvez tivéssemos conversado antes, isso teria sido evitado. É olhar para frente. Disse a eles que não é a última vez que acontece, nem a primeira. O futebol brasileiro é assim hoje, e falo em nome dos clubes que têm enfrentado dificuldade. Até por isso falamos da criação da nova liga para que possamos manter as equipes fortes, segurar os talentos e fazer o futebol brasileiro mais forte”, declarou em coletiva de imprensa.

Apesar de quitar parte dos atrasados, o presidente colorado reforçou que o momento é de dificuldade. E apontou, em tom sincero, que essa não será a última vez que ocorre ao falar da situação no futebol brasileiro. “Vejo como uma questão pontual. Um momento que estamos atravessando. É um grupo novo, que está se formando, conhecendo. São realidades diferentes. Há jogadores que estão vindo de fora. Aqui no Inter a vida é difícil e não tem dinheiro sobrando. Ficou bom mostrar a todos a posição que o clube se encontra e comprometimento para sairmos dela”, disse. “Foi de comum acordo a decisão de transferir o treino para a tarde. Entendemos que era melhor o treino não acontecer com esse assunto em aberto, os jogadores irem para casa e resolvermos amanhã. O pedido foi nosso também para que eles viessem mais cedo pela tarde e que pudéssemos conversar para que isso não tenha maiores consequências. A confiança é um ponto forte da relação que se construiu aqui ao longo dos anos. Tivemos momentos difíceis durante a pandemia e não é diferente agora”, complementou.

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Taison se irrita ao ter sido considerado o líder do movimento

Mais cedo, Taison havia aparecido na sala de conferências do CT do Parque Gigante incomodado com a versão de que estava “liderando um boicote”. O camisa 7 é uma das lideranças do elenco colorado e questionou jornalistas presentes no local por conta de uma versão de que teria puxado à frente no protesto.

“Quem é o cara que falou que eu “tô” iniciando uma rebelião?”, questionou o capitão antes de fechar a porta que dá acesso aos vestiários. Inicialmente, a informação de que Taison estaria liderando a greve dos jogadores foi dada pelo jornalista João Batista Filho, da TV e Rádio Bandeirantes. Todos os demais veículos do Estado repercutiram a informação atribuindo a atitude às “lideranças” do atual elenco.

Taison ficou irritado por ter sido apontado como líder
Foto: Ricardo Duarte/Inter

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