Santa Cruz do Sul está integrada à mobilização mundial contra os acidentes de trânsito. A Prefeitura, por meio da Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana, está com uma série de atividades previstas para marcar a passagem do Maio Amarelo. O movimento mundial busca conscientizar a sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito. Ao longo do mês, as equipes da Fiscalização de Trânsito e da Guarda Municipal promoverão uma série de trabalhos educativos relacionados ao tema.
A programação iniciou na última segunda-feira, 2, com uma palestra aos pais de estudantes do Colégio Mauá. As atividades prosseguem com a realização de blitze educativas em parceria com centros de formação de condutores, palestras em escolas em conjunto com o programa Guarda-Costas da Guarda Municipal, palestras para colaboradores de empresas de transportes rodoviários e de passageiros e organização de eventos com demais prestadores de serviços do município relacionados ao trânsito.
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Conforme as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,3 milhão de pessoas morrem por ano em acidentes de trânsito no mundo. Essa é a maior causa de mortes de pessoas na faixa etária dos 5 aos 29 anos. A mesma estatística mostra que outras 50 milhões sobrevivem com sequelas. No Brasil, em 2021, 11.647 pessoas perderam a vida nas estradas do País – ou 32 por dia, em média. De acordo com dados do Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito (Renaest), da Secretaria Nacional de Trânsito, foram 632.764 registros no ano passado, o equivalente a 72 incidentes por hora.
Outro dado significativo revela que mais de 30% dos mortos em acidentes são motociclistas, e mais da metade deles morre no local, enquanto outros 40% vão a óbito nos hospitais. Em relação ao gênero, 84% são homens e 16% mulheres. As faixas etárias dos 20 aos 29 anos e dos 30 aos 39 anos são as que contemplam o maior número de pessoas, com 22,85% e 20,42%, respectivamente. Entre 2006 e 2020, a frota de veículos de todos os tipos saltou de 45 milhões para 107 milhões no Brasil. Destes, 28 milhões são motocicletas.
Mortes na região
Conforme os dados do Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran), até março deste ano o Vale do Rio Pardo registrou 26 mortes em decorrência de acidentes. Rio Pardo lidera a lista, com nove óbitos, seguida por Santa Cruz do Sul, com seis, e Venâncio Aires, com quatro. Em relação à participação, dez das vítimas eram condutores de veículos; cinco eram motociclistas; quatro, passageiros de ônibus; dois, passageiros de veículos; um condutor de ônibus, um condutor de caminhão e três pedestres.
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Especialista dá dicas para quem vai viajar
Além da atenção com a manutenção do veículo, quem pretende pegar a estrada precisa observar uma série de cuidados. As orientações são do capitão Silvio Erasmo Souza da Silva, comandante da 2ª Companhia Rodoviária de Santa Cruz do Sul. Algumas delas parecem básicas, mas nem por isso podem ser deixadas de lado, como dirigir dentro do limite de velocidade, estar descansado antes de realizar uma viagem longa, não usar o celular enquanto dirige, manter distância do veículo à frente e estar atento para a sinalização da via, como placas, marcações na pista e avisos móveis.
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“Além disso, é importante fazer sempre o uso correto da iluminação do veículo e manter a manutenção preventiva para evitar sustos, bem como as infrações de trânsito por mau estado de conservação”, alerta. Outro ponto destacado por Silva diz respeito ao uso de substâncias que alteram a capacidade psicomotora do motorista. Além do álcool e das drogas, que são proibidos, alguns medicamentos podem provocar esses efeitos e é preciso estar atento para não ser surpreendido.
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Ainda sobre a mistura álcool e direção, o capitão Silvio Silva explica que não existe tolerância para o consumo de bebida antes de dirigir. Qualquer quantidade verificada no teste do etilômetro (bafômetro) é passível de punição. No entanto, a dosagem verificada no equipamento é que difere a infração do crime de trânsito. Se o resultado obtido for até 0,33 miligramas de álcool por litro de ar alveolar expelido, o condutor é autuado por infração gravíssima, com instauração do processo administrativo para suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por 12 meses, além de multa de R$ 2.934,70. Se houver reincidência no período de um ano, o valor é dobrado e a CNH é cassada.
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Se o resultado do etilômetro for igual ou superior a 0,34 miligramas por decilitro de ar expelido, porém, o condutor será preso em flagrante por crime de trânsito. A pena, conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), é de seis meses a três anos de detenção, sem prejuízo das demais penalidades citadas anteriormente. O especialista orienta ainda os condutores inexperientes sobre as diferenças entre dirigir na cidade e na rodovia. “Caso o motorista se envolva em um acidente dentro da cidade, ele normalmente estará em uma velocidade entre 40 e 60 quilômetros por hora, dependendo do caso. Na rodovia, as chances de esse acidente ocorrer em velocidades superiores são muito maiores, o que acarreta danos expressivos, tanto para a saúde pessoal como para o bem material”, completa. Diante disso, é preciso ter atenção redobrada na condução e evitar trechos de grande movimentação.
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