Foi concluído nesta terça-feira-feira, 26, o inquérito referente aquele que já é considerado um dos mais trágicos acidentes de trânsito da história do Vale do Rio Pardo. Mediante uma série de perícias técnicas e depoimentos dos envolvidos, foi constatado que o motorista de um ônibus, que levava soldados para São Gabriel na madrugada de 28 de março, foi o causador da colisão que envolveu ainda uma carreta de Guaíba carregada com toras de madeira, uma van e um Volkswagen Fox.
O acidente aconteceu por volta da 0h30, no quilômetro 235 da BR-290, em Rio Pardo, e deixou seis mortos e 13 feridos. Dentre as vítimas fatais, está Josuel Vieira Machado, de 28 anos, natural de São Gabriel, que era o condutor do ônibus. Do mesmo veículo ainda morreram quatro passageiros, que eram militares, identificados como Lucas Rodrigo Altevogt, de 19 anos, de Teutônia; Silas Gabriel de Azevedo de Barros, de 18 anos, de Sapiranga; Vinícius Bedra, de 18 anos, de Seberi; e Wesley da Silva Paulo, de 20 anos, de São Gabriel.
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“O laudo pericial apontou que os veículos estavam trafegando com velocidade compatível com a via no momento do acidente, e apontou como causa provável uma pequena invasão de pista por parte do ônibus, face aos vestígios. A Polícia Rodoviária Federal, que primeiramente atendeu a ocorrência, também apontou como causa do acidente invasão de pista por parte do ônibus”, explicou o delegado Anderson Faturi, responsável pelo inquérito. Desta maneira, o caso é concluído sem indiciamento, visto que o motorista faleceu foi o causador.
Além dos cinco ocupantes do ônibus, a outra vítima fatal foi a caroneira do Fox, identificada como Joice Luisa Monteiro Costa, de 35 anos. O filho da mulher, de 4 anos, e o companheiro dela e padrasto da criança, que dirigia o automóvel, tiveram ferimentos. O delegado deu detalhes a respeito dos depoimentos colhidos no andamentos das investigações. “Foram ouvidas testemunhas, dentre passageiros do ônibus e motoristas envolvidos, havendo divergência em seus relatos, ora apontando o ônibus como causador do acidente, ora apontando o caminhão”, complementou Faturi.
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O motorista da van conseguiu desviar no momento da colisão e salvou os ocupantes deste veículo, também militares que seguiam para São Gabriel. Em depoimento, ele disse que viu quando houve uma colisão do ônibus com o caminhão e, com isso, puxou o veículo para o acostamento. Ele estava cerca de 40 metros distante do ônibus. Uma das provas que poderia esclarecer em definitivo qual a dinâmica dos fatos foi descartada após uma análise feita pelo Posto de Criminalística do Instituto-Geral de Perícias (IGP).
A câmera que estava instalada na parte frontal de uma carreta de Guaíba carregada com toras de madeira não registrou imagens. Os laudos nos tacógrafos dos veículos envolvidos indicaram que todos estavam em velocidade compatível com a via. Também, os agentes da PRF realizaram o teste de etilômetro em todos os motoristas sobreviventes, mas os resultados deram negativo para álcool no sangue.
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