Com o tempo seco dos últimos dias, a colheita da soja avança no Vale do Rio Pardo e chega a 65% das áreas plantadas. Outros 15% estão maduros e por colher, e os 20% restantes estão em fase de maturação. De acordo com a Emater-RS/Ascar, há um atraso no processo em comparação com os anos anteriores, causado pela estiagem prolongada que também adiou o plantio. Ainda assim, o prazo considerado normal está sendo cumprido e os grãos apresentam boa qualidade.
Conforme Josemar Parise, extensionista rural da Emater, o tempo está contribuindo e a ausência de chuva nos últimos dez dias permitiu que os produtores acelerassem a colheita. Os trabalhos ocorreram até mesmo nos fins de semana e feriados. Apesar das intercorrências climáticas ao longo do ciclo das plantas, com períodos de seca e também de chuva excessiva, a qualidade dos grãos está boa, sobretudo nas cultivares menos precoces. “Faltou chuva na fase de semeadura e florescimento. Porém, durante o enchimento dos grãos, a umidade se normalizou e isso garantiu a qualidade”, explica.
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A produtividade na região, segundo Parise, deve ficar em uma média de 35 sacas por hectare. A quebra já era esperada pelos produtores em função da longa estiagem que atingiu o Rio Grande do Sul, e o resultado mostra queda significativa se comparado com a média estadual de 2021, quando foram colhidas 57 sacas por hectare. “Foi um ano atípico porque tivemos uma janela de semeadura no final do zoneamento agrícola. Isso atrasou um pouco a colheita, e é por isso que ainda temos lavouras em fase de maturação”, enfatiza o extensionista.
A quebra estimada pela Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural é de 55% em relação à projeção inicial. Ainda assim, as pastagens e demais culturas de inverno a serem plantadas nessas áreas não devem ser impactadas. “A colheita da soja vem desde março e vai até o início de maio. À medida em que as lavouras vão sendo liberadas, os produtores realizam a semeadura das pastagens e plantas de cobertura de solo”, salienta Parise.
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