Estudantes dos cursos de Fisioterapia e Engenharia de Produção da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) desenvolveram em conjunto uma órtese abdutora de polegar. O aparelho é produzido com o auxílio de uma impressora 3D e utiliza material biodegradável de baixo custo para oferecer uma solução simples e prática às pessoas com deficiência temporária ou permanente da função do polegar.
A moldagem e a apresentação foram feitas na tarde dessa sexta-feira, 1º, no Serviço de Reabilitação Física (SRFis) da instituição, pela fisioterapeuta Letícia Fernandes, pelas bolsistas do projeto e também acadêmicas de Fisioterapia, Carolina Heinen e Bianca Morais, pela terapeuta ocupacional Cristina Fank e por Pâmela Rodrigues, acadêmica de Engenharia de Produção e funcionária do Laboratório de Desenvolvimento de Produtos.
As acadêmicas foram supervisionadas pela coordenadora do SRFis e também do curso de Fisioterapia, professora Angela Cristina Ferreira da Silva, e pelo coordenador do curso de Engenharia de Produção, professor André Luiz Emmel Silva. A novidade é que a órtese, com um design mais moderno e que a torna mais leve, será ofertada para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), já que o SRFis é referência para 25 municípios que compõem a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e a 8ª CRS.
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O material utilizado é o PLA, termoplástico biodegradável produzido com componentes de origem natural, como amido de milho e cana de açúcar. Foi impresso em impressora 3D no Laboratório de Desenvolvimento de Produtos da Unisc. A órtese é personalizada, ou seja, impressa de acordo as medidas individuais de cada pessoa. Quando aquecida, torna-se maleável e pode ser moldada diretamente na mão do paciente.
“Todos os momentos de entrega de próteses ou cadeira de rodas são sempre emocionantes. São momentos que transformam a vida da pessoa, que pode voltar à vida um pouco ao normal ou até na totalidade”, enfatiza o reitor da Unisc, Rafael Frederico Henn. “Na pandemia, a universidade mostrou, ainda mais, que a educação e a ciência podem ajudar as pessoas e que vai fazer cada vez mais isso. E o que é mostrado hoje aqui é ciência em sala de aula, integrando cursos e mostrando que é possível solucionar problemas da sociedade.” Estiveram presentes também a vice-reitora, Andreia Rosane de Moura Valim; o pró-reitor acadêmico, Rolf Fredi Molz; e o pró-reitor administrativo, Dorivaldo Brites de Oliveira.
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Universitários exaltam a parceria
Para as estudantes envolvidas no projeto, o momento foi de emoção. “Me descobri em uma área muito bacana que é integrar a engenharia com saúde, desenvolver com esses cursos soluções para determinados problemas”, conta Pâmela. “É isso que se aprende na engenharia, e quando conseguimos unir com a saúde, é gratificante.” “É um momento marcante pois nos sentimos parte da universidade, criando, colocando as ideias em prática. Quando profissionais, teremos um diferencial e saberemos que podemos fazer a diferença”, salienta Bianca, que é formanda em Fisioterapia. “Engenharia e Fisioterapia são áreas que parecem tão distantes, então foi um momento incrível.” Para Carolina, a possibilidade de criar e cocriar novos produtos é muito importante. “É fundamental para o nosso desenvolvimento no âmbito profissional. Isso sem falar na questão humana, na qual também crescemos.”
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