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BMX: um esporte familiar e em ascensão em Santa Cruz

Foto: Henrique Bauer

*Por Alberto Blum/Especial

Grandes nomes surgiram no BMX, um esporte que conta com pista localizada no Parque da Oktoberfest, em Santa Cruz do Sul. É de lá que grandes atletas vão em busca de títulos no Rio Grande do Sul e pelo Brasil afora. Esse histórico está consolidado atualmente em um clube bem estruturado, com professores e projetos que auxiliam crianças e jovens no desenvolvimento dentro e fora da pista. O Santa Cruz BMX promove o esporte com aulas durante a semana para todas as idades, e o resultado está evidenciado em campeões estaduais e outros atletas que vêm se destacando nas competições. Os objetivos estão sendo cada vez maiores para conquistas nacionais e até internacionais.

Além da preparação física, a educação e o respeito são enfatizados no meio familiar e social para os atletas. “O BMX é o esporte que é a minha paixão. Eu estou muito feliz que, desde quando a pista do Parque da Oktoberfest foi revitalizada, estamos ganhando novos adeptos. Esse esporte me ensinou e ensina que para vencermos é necessário esforço e dedicação, assim como na vida. Acredito que, para o desenvolvimento de uma criança ou adolescente, a prática de qualquer esporte é válida e benéfica, mas se pedirem a minha opinião, direi para praticarem o BMX”, diz o presidente e atleta Douglas Faccin.

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João Francisco Rauber, o “Bolacha”, profissional conhecidíssimo nesse meio, que faz as narrações das corridas pelo País e também presidiu a Federação Gaúcha de BMX, destacou a importância da modalidade. “Santa Cruz do Sul é um dos principais polos no Brasil. Em 2019, realizamos uma Copa Brasil e até hoje ela é lembrada pelos atletas. O nosso parque e a nossa pista encantam a todos”, recorda.

Quem passa durante a semana pela pista de BMX no Parque da Oktoberfest, percebe que, nitidamente, é um esporte familiar. Pais e outros parentes se fazem presentes nos treinos, apoiando, incentivando com palavras e levando água para hidratação dos atletas. De forma voluntária, também trabalham para promover os eventos, seja na manutenção da pista ou no bar, preparando pastéis, bolos e pizzas para venda em dias de eventos. Isso contribui para a arrecadação de recursos que serão aplicados na manutenção e na melhoria da pista e do entorno.

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Acompanhando a atividade, é possível visualizar dezenas de crianças equipadas com bicicletas de corrida coloridas, com itens de segurança, que os protegem das quedas. Os professores Rafael Leites, Douglas Faccin e Lucas Landesvatter transmitem ensinamentos com a experiência de quem compete ou já competiu nesse esporte. Disciplina e respeito são nítidos até mesmo quando um atleta cai, pois recebe aplausos ao continuar. Nesse ambiente, Francielyn Maieski incentiva o filho Gabriel, que, aos 8 anos, é campeão gaúcho. “Introduzimos o Gabriel no BMX inicialmente sem ambições de medalhas, mas para ajudar a disciplinarmos ele com exercícios físicos, horários, alimentação, sono, respeito e autoconfiança. Aqui aprende-se a cair e levantar. Aprende-se a ganhar e a perder. Ajuda a amadurecer. Ele está evoluindo como ser humano junto a esse esporte”, ressalta Francielyn.

Do balé para a bicicleta

Meninas e mulheres praticam o esporte em grande número pelo Brasil. Em Santa Cruz, Sofia, de 9 anos, filha de Lucas e Tatiana Rutsatz, praticava balé até outubro do ano passado, quando pendurou as sapatilhas e começou a praticar o BMX. Logo pediu para competir. “Um dia, perguntamos se ela queria ir junto assistir aos outros atletas competir em outra cidade. Ela disse que só assistir não teria graça. Queria competir! Conquistou sua medalha já na primeira competição, e agora quer ir todo dia para a pista”.

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O Clube Santa Cruz BMX dispõe de uma Escolinha, na qual crianças de 5 a 12 anos são instruídas para a prática do esporte com professores especializados. O custo da mensalidade é de R$ 50,00, com aulas nas quartas-feiras, das 19 horas às 20 horas, e nos sábados, das 9 horas às 10 horas. Para iniciar, basta ter uma bicicleta comum e um capacete, joelheira e cotoveleira. Lá, os professores e atletas garantem o aprendizado da disciplina, do respeito, da alimentação saudável, sono regular – além de ensinarem a cair, levantar, e a vencer e perder.

Jorge, Félix, Lucas, Tatiana, Sofia, Gabriel e Francielyn: integração | Foto: Henrique Bauer

Incentivo é fundamental para os atletas

O esporte inclui a prática de pais e filhos, como é o caso de Félix Santos, de 34 anos, e o filho Jorge Santos, de 6 anos. “Não tenho palavras para descrever a sensação de poder praticar esse esporte maravilhoso junto do meu filho. É um privilégio de poucos, e é muito bom poder treinar com ele e irmos para as competições”.

Uma família tradicional em duas rodas, a família Landesvatter tem o pai, Eduardo, 54 anos, apoiando o filho Lucas, 19. Além de competirem, ambos trabalham fortemente na manutenção da pista de Santa Cruz do Sul. “Há cinco anos, o Lucas, então com 14, me pediu para participar do bicicross. Levei ele no Parque da Oktober e encontramos um local com uma pista precária, mas com meia dúzia de amantes do BMX resistindo no esporte. Nos engajamos com eles, conseguimos o apoio da Prefeitura e reformamos toda a área. Isso fez com que novos adeptos fossem aparecendo, e hoje temos um grupo muito forte e unido, que não para de crescer. Temos um ambiente familiar e de amizade, onde acompanhamos de perto nossos filhos no esporte e na formação deles para o futuro”, enfatizou Eduardo.

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O casal Sadi e Gabriela Schaeffer não perde um treino e as competições do filho Bruno, de 8 anos. “O BMX representa, para nossa família, muito mais do que andar de bike e fazer manobras radicais. Desde que iniciamos, percebemos o quanto o Bruno evoluiu como pessoa. Ele entendeu muito sobre regras, foco, determinação e persistência”, celebrou a mãe.

Sadi e Gabriela levam o filho Bruno aos treinos e vão às competições | Foto: Henrique Bauer

Valdemar Rabuske e a esposa Sirlene se deslocam, no mínimo, três vezes por semana de Linha Travessa, no interior de Santa Cruz, para levar os dois filhos, Jonathan, de 16 anos, e Mateus, de 12, aos treinamentos. Influenciado pelos filhos, Valdemar começou a praticar o BMX. “Eu nunca pratiquei esporte. Não tive incentivo dos meus pais quando jovem e não sobrava tempo. Hoje, tenho tempo e meus filhos me introduziram no BMX. Entramos de cabeça juntos nesse esporte maravilhoso”, salientou.

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