A contagem regressiva de seis meses para as eleições gerais começa no próximo sábado, 2 de abril, com um cenário ainda nebuloso, tanto em nível estadual quanto em nível federal. Na corrida presidencial, as pesquisas reiteram a consolidação da polarização entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto a congestionada “terceira via” segue indefinida e em desvantagem.
Embora tanto Lula quanto Bolsonaro já estejam, inclusive, com as chapas praticamente definidas e bem à frente nas intenções de voto, diversas outras frentes tentam se articular para viabilizar uma alternativa. Sérgio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT) rivalizam pelo terceiro lugar, enquanto partidos como MDB, PSDB e União Brasil tentam avançar nas conversas para uma candidatura única.
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No Rio Grande do Sul, a corrida ao governo também tem questões em aberto. Após uma conturbada pré-campanha, o MDB deve confirmar, neste domingo, 27, a indicação de Gabriel Souza, enquanto no PDT Romildo Bolzan Júnior resiste em se lançar. Outra dúvida é sobre se haverá acordo entre PT e PSB ou se Beto Albuquerque e Edegar Pretto concorrerão em chapas distintas. Em paralelo, nomes como Onyx Lorenzoni (PL), Luis Carlos Heinze (Progressistas) e Roberto Argenta (PSC) já estão com candidaturas encaminhadas.
Pré-candidatos à presidência
Jair Bolsonaro (PL)
Quem é: presidente.
Situação: tentará a reeleição e deve ter o general Walter Braga Netto, atual ministro da Defesa, como vice. Pesquisas indicam que disputará o segundo turno com Lula. Nos últimos levantamentos, a diferença entre os dois diminuiu.
Lula (PT)
Quem é: ex-presidente.
Situação: deve confirmar nos próximos dias a chapa com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que se filiou, nessa semana, ao PSB. Lidera as pesquisas, embora com margem menor nos levantamentos mais recentes, e deve disputar o segundo turno com Bolsonaro.
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Sérgio Moro (Podemos)
Quem é: ex-ministro da Justiça.
Situação: está em terceiro lugar nas pesquisas, mas distante de Lula e Bolsonaro. Descarta desistir.
Ciro Gomes (PDT)
Quem é: ex-governador do Ceará.
Situação: disputa o terceiro lugar com Sérgio Moro nas pesquisas. Tem conversas com outras frentes sobre uma possível candidatura única.
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Simone Tebet (MDB)
Quem é: senadora pelo Mato Grosso do Sul
Situação: tem desempenho fraco nas pesquisas até agora e mantém conversas com outras frentes sobre uma possível candidatura única.
João Doria (PSDB)
Quem é: governador de São Paulo.
Situação: venceu as prévias do PSDB, mas segue com desempenho fraco nas pesquisas. Não é descartado um recuo para se dedicar à eleição em São Paulo, já que, com a desfiliação de Geraldo Alckmin, o partido corre o risco de perder uma hegemonia de mais de 25 anos no governo paulista. Para poder concorrer, precisa deixar o governo na próxima semana.
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Eduardo Leite (PSDB)
Quem é: governador do Rio Grande do Sul.
Situação: perdeu as prévias do PSDB, mas ainda tenta viabilizar a candidatura. Até a próxima semana, decidirá se vai para o PSD (possibilidade que perdeu força nos últimos dias) ou permanece no PSDB e aguarda um recuo de Doria. Deve deixar o governo na próxima semana. Desempenho nas pesquisas também é fraco.
Felipe D’Ávila (Novo)
Quem é: cientista político.
Situação: foi lançado pré-candidato pelo partido, mas tem desempenho fraco nas pesquisas.
Outros pré-candidatos à presidência:
- André Janones (Avante)
- Luciano Bivar (União Brasil)
- Leonardo Péricles (UP)
- Aldo Rebelo (sem partido)
- Eymael (DC)
- Vera Lúcia (PSTU)
- Sofia Manzano (PCB)
Pré-candidatos a governador:
Onyx Lorenzoni (PL)
Quem é: ministro do Trabalho e Previdência.
Situação: filiou-se ao PL nessa semana e vem figurando entre os melhores colocados nas pesquisas. Terá que dividir o apoio do presidente Jair Bolsonaro com Luis Carlos Heinze.
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Beto Albuquerque (PSB)
Quem é: ex-deputado federal.
Situação: trabalha para costurar uma aliança com o PT, na esteira da aproximação entre os partidos em nível nacional, mas não abre mão da cabeça de chapa.
Edegar Pretto (PT)
Quem é: deputado estadual.
Situação: tem fechados os apoios do PCdoB e PV e tenta acordo com o PSB.
Gabriel Souza (MDB)
Quem é: deputado estadual.
Situação: deve ter a indicação confirmada pelo diretório neste domingo, 27. Nessa sexta-feira, 25, porém, o ex-prefeito de Santa Maria Cezar Schirmer anunciou intenção de concorrer.
Luis Carlos Heinze (Progressistas)
Quem é: senador.
Situação: apesar de ter que dividir o apoio de Bolsonaro com Onyx, está decidido a levar a candidatura adiante e já definiu, inclusive, a vice na chapa, que será a vereadora de Porto Alegre Tanise Sabino. Com isso, ele garantiu o apoio do PTB.
Romildo Bolzan Júnior (PDT)
Quem é: ex-prefeito de Osório e presidente do Grêmio.
Situação: embora esteja sob forte pressão do PDT, ainda resiste em deixar o comando do clube para se lançar pré-candidato.
Ranolfo Vieira Júnior (PSDB)
Quem é: vice-governador.
Situação: confirmação ainda depende do futuro de Eduardo Leite e de um possível acordo com o MDB para uma chapa única. O PSDB também cogita lançar a prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas.
Roberto Argenta (PSC)
Quem é: presidente da Calçados Beira-Rio.
Situação: após tentar viabilizar uma candidatura no MDB, filiou-se no início do mês ao PSC e se lançou pré-candidato.
Pedro Ruas (Psol)
Quem é: vereador de Porto Alegre.
Situação: já teve a indicação confirmada pelo partido e tenta formar uma frente de esquerda com siglas como PCB, UP e PSTU.
Outros pré-candidatos a governador
- Marco Della Nina (Patriota)
- Pablo Hernandez (DC)
Pré-candidatos ao Senado:
Lasier Martins (Podemos)
Quem é: senador.
Situação: tentará o segundo mandato.
Ana Amélia Lemos (PSD)
Quem é: ex-senadora e atual secretária estadual de relações federativas e internacionais.
Situação: sem apoio no Progressistas, filiou-se ao PSD neste mês para tentar retornar ao Senado.
Hamilton Mourão (Republicanos)
Quem é: vice-presidente.
Situação: preterido na formação da chapa de Bolsonaro, trocou o PRTB pelo Republicanos e vai disputar uma vaga no Senado.
Manuela D’Ávila (PCdoB)
Quem é: ex-deputada federal.
Situação: sem cargo atualmente, foi convidada pelo pré-candidato do PT a governador, Edegar Pretto, para concorrer ao Senado, mas ainda não confirmou se irá disputar.
As datas
- 1º de abril – Fim da “janela partidária”, período em que deputados estaduais e federais podem trocar de legenda sem perder o mandato.
- 4 de maio – Fim do prazo para emitir título de eleitor novo, transferir domicílio eleitoral ou revisar qualquer informação no Cadastro Eleitoral.
- 20 de julho a 5 de agosto – Período de convenções partidárias, em que os partidos definem as candidaturas e alianças.
- 16 de agosto – Início da campanha.
- 2 de outubro – Primeiro turno da eleição.
- 30 de outubro – Segundo turno da eleição.
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