Os dois irmãos investigados como os líderes do tráfico de drogas no Bairro Parque São Jorge, em Rio Pardo, se entregaram nesta terça-feira, 22, à Polícia Civil. Conhecidos como os irmãos Massulo, Diogo, de 29 anos, e Iago, de 25, até então foragidos da Justiça, se apresentaram às 10h19 ao delegado Paulo César Schirrmann, na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Santa Cruz do Sul.

Após o registro, ambos foram conduzidos ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul, ficando à disposição da Justiça. A dupla foi identificada como comandante de um ponto de comercialização de entorpecentes que fica no bairro, na esquina da Rua do Bosque com a México. A residência de alvenaria, chamada de “fortaleza”, possui arame farpado nos muros, videomonitoramento para observar a chegada das forças de segurança e até um portão de ferro maciço eletrificado, para conter o avanço da polícia.

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Ao longo dos últimos meses, a intensa atividade ilícita no local levou a Brigada Militar e a Polícia Civil a realizar prisões e apreensões de drogas, de dinheiro e de outros objetos de origem ilícita. Os elementos obtidos em uma investigação liderada pelo delegado Anderson Faturi possibilitaram a identificação dos dois irmãos como os líderes da “fortaleza”.

Segundo a Polícia Civil, a dupla presa já possui antecedentes por tráfico e outros delitos, como porte ilegal de arma de fogo, ameaça e lesão corporal. Na manhã de 14 de fevereiro, foram alvos de mandados de prisão solicitados pela Delegacia de Polícia (DP) de Rio Pardo e autorizados pelo Poder Judiciário. A ação contou com o apoio de agentes da 1ª e da 2ª DP de Santa Cruz do Sul.

Foram cumpridos mandados no ponto de tráfico no São Jorge e em uma propriedade do distrito de Pederneiras. Na “fortaleza” foram apreendidas 64 pedras de crack, R$ 528,00 em dinheiro, um sistema de videomonitoramento e pinos usados para embalagem de entorpecentes, além do portão de ferro eletrificado. Os irmãos, no entanto, não foram encontrados.

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Prova é robusta, diz Faturi

Os mandados de prisão preventiva por tráfico de drogas contra os Massulo foram expedidos no dia 11 de fevereiro, assinados pela juíza Magali Wickert de Oliveira, do Fórum de Rio Pardo. Até a manhã desta terça-feira, constavam como pendentes de cumprimento no sistema aberto do Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), o que tornava Diogo e Iago foragidos da Justiça. O delegado Anderson Faturi, que chefiou as investigações, comentou a apresentação dos acusados.

“O defensor deles já havia informado que iriam se apresentar, caso não conseguissem reverter as prisões na Justiça. Estávamos aguardando que se apresentassem para responder pelos crimes que cometeram. O inquérito policial já foi remetido ao Poder judiciário, apontando os acusados e outros integrantes do grupo como autores dos crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico. A prova colhida, neste sentido, durante as investigações, é robusta.”

O Portal Gaz entrou em contato com o advogado Guilherme Newlands, que representa Diogo e Iago Massulo. Ele confirmou que tem ciência da investigação da DP de Rio Pardo a respeito de seus clientes. Newlands havia pedido um habeas corpus. “A liminar foi negada, mas ainda deve ocorrer o julgamento do habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado. A decisão de se entregar foi conjunta, da nossa parte e da deles. Agora, vamos aguardar o que diz respeito ao habeas corpus e também a sequência do andamento do processo, com as audiências”, comentou o advogado.

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