*Por Denise Müller

O câncer de colo uterino é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama e do colo retal. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) é a quarta causa de mortalidade por câncer no Brasil, mas ele pode ser erradicado.

Na maioria das vezes, essa evolução ocorre sem a manifestação de nenhum sintoma, daí a importância da prevenção e do rastreamento por meio de exames para que tenhamos um diagnóstico na fase de lesões precursoras ou em estágios iniciais o que aumenta em muito as chances de cura. A possibilidade de tratamentos curativos diminui com a evolução da doença para estágios mais avançados.

Em meio à pandemia, em novembro de 2020, a OMS lançou a campanha para erradicação do câncer de colo uterino no mundo. No Brasil tem o apoio da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Em março de 2021, participei de uma reportagem na Gazeta do Sul falando sobre esta campanha e comecei, em carreira solo, um projeto de divulgar informações sobre ela, para conscientizar a importância do papel de cada pessoa, para atingirmos os objetivos das estratégias e, assim, reduzirmos os índices dessa doença que tanto sofrimento causa à vida de tantas famílias. A cada uma hora morre uma mulher de câncer de colo uterino no Brasil.

À medida em que o tempo foi passando, pessoas aderiram à causa e juntos, tentamos em alguns setores o apoio para o desenvolvimento de estratégias. Às vezes as portas que têm as maiores possibilidades, são as primeiras a fechar. Ficamos paralisados por algum tempo. Em setembro recebi a visita da Covid-19 e durante meu isolamento, um novo recomeço, mais sólido, mais maduro. Me senti forte para retomar o projeto que já me impulsionava no ano passado. E junto comigo se formou uma equipe cujo propósito maior é cuidar do próximo, da sua saúde, do bem estar das pessoas. Reserve a data de 23 de abril e conheça melhor o resultado dessa trajetória e, quem sabe, junte-se a nós!

Denise Müller

Médica pela Universidade Federal de Santa Maria com Residência em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Conceição Porto Alegre. Desde 2015 atua somente na área da ginecologia.

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