*Por Andreia Valim, vice-reitora da Unisc

Sou Andréia Rosane de Moura Valim, professora da Universidade de Santa Cruz do Sul. Fico muito feliz em celebrar o Dia da Mulher! É um momento em que paramos para refletir sobre os desafios que enfrentamos diariamente e também para fortalecer as nossas convicções. Somos muito importantes nos diversos papéis que ocupamos!

Ser mulher é encantador e, ao mesmo tempo, desafiador. Encantador na medida em que temos competências distintas que nos permitem percepções e análises diversas da visão masculina. Temos imbuídos em nós o cuidado e o olhar aguçado para o outro e para o coletivo, que faz com que sejamos a maioria na saúde e na docência. O mundo acadêmico não é diferente de outras profissões em que as mulheres ainda têm muitos desafios, sendo necessário combater estereótipos e vencer agressões veladas na forma de piadas e brincadeiras.

Cada vez mais, as mulheres têm assumido papéis notórios e importantes. E na ciência, inúmeras mulheres têm se destacado, tendo trajetórias brilhantes e inspirando outras meninas e mulheres a acreditar e persistir na construção de carreiras bem-sucedidas. Destaco que precisamos, cada vez mais, incentivar e encorajar meninas a seguirem carreira na ciência, na tecnologia, na engenharia e na matemática, onde somos a minoria, e acredito que a diversificação fará diferença.

Muitas mulheres têm optado pelo adiamento da maternidade ou por não ter filhos, em detrimento da carreira, decorrente da necessidade de conciliar a vida familiar e a vida profissional, que exige muito da mulher. Na academia alguns mecanismos já estão sendo utilizados para levar em conta a produtividade das cientistas e a maternidade. São tênues, mas carregam um grande significado de que existe diferença entre os sexos. Além disso, um dos grandes incentivos para a participação da mulher na ciência e em outras carreiras é um ambiente familiar propício e a escolha de um ambiente de trabalho que valorize a diversidade e promova a inclusão e a valorização das mulheres.