O ônibus com os jogadores do Grêmio foi apedrejado nos arredores do Estádio Beira-Rio, na tarde deste sábado, 26. O Gre-Nal 435, o primeiro de 2022, válido pelo Gauchão, estava marcado para as 19 horas. Pelo menos uma das pedras lançadas contra o coletivo atravessou uma janela e feriu jogadores. O caso mais grave é o do volante paraguaio Villasanti, atingido no rosto. Ele recebeu atendimento médico, ainda no estádio, e foi encaminhado, de ambulância, a um hospital. Outros atletas gremistas tiveram ferimentos leves, causados por estilhaços do vidro.
Em entrevista à imprensa da capital, no Beira-Rio, o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr., disse que o time não vai a campo. A decisão já teria sido comunicada oficialmente à Federação Gaúcha de Futebol (FGF). Segundo o mandatário tricolor, o acontecido prejudica o time emocionalmente e também tecnicamente, já que Villasanti seria titular. “Não há mais condições técnicas nem psicológicas”, avaliou.
O presidente do Internacional, Alessandro Barcellos, também falou à imprensa, por volta das 19 horas, e lamentou o ocorrido. Embora tenha dito que não há, ainda, confirmação oficial, por parte da federação, sobre o cancelamento do jogo, Barcellos se disse favorável à medida. “O Internacional concorda com a não realização da partida, mas o Internacional está preocupado com o desequilíbrio do campeonato. Assim como tem hoje o desequilíbrio, óbvio, com aquilo que aconteceu, também gerará outros desequilíbrios e nós queremos tratar disso de forma muito serena, muito tranquila, com a federação, para que a gente possa garantir a continuidade do campeonato”, afirmou.
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Para o cartola colorado, a suspensão do clássico é um ato importante de posicionamento contra a violência no futebol. “Um divisor de águas, para a gente mudar e virar esse jogo”, disse. Barcellos também acrescentou que o clube vai disponibilizar todo o seu aparato de segurança para que os responsáveis pelo atentado sejam identificados.
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