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Recuperação de crédito minimiza a inadimplência

Foto: Alencar da Rosa

O comércio de Santa Cruz do Sul terminou 2021 com um índice de inadimplência em torno de 20%. O dado é menor do que o apontado nas médias do Rio Grande do Sul e do Brasil. Nesse mesmo período no último ano, o percentual do Estado era de 25,8%. Parte do mérito pelo desempenho, de acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas), Mauro Spode, é das campanhas de recuperação de crédito, realizadas em momentos pontuais, como em outubro. Elas dão oportunidade para os consumidores ajustarem suas contas e garantirem as compras natalinas.

O dirigente alerta, no entanto, que o número atual deve ser maior, pois no início do ano costuma ocorrer demora no encaminhamento dos dados ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). Segundo ele, não houve alteração significativa na quantidade de pedidos de informação. Assim, a tendência é de que se eleve a partir do início de março, como consequência da atualização das informações. “Deve ser feita reunião com o pessoal das lojas que faz esses registros para buscar maior conscientização”, destaca. Spode ressalta que quanto mais tempo se leva para efetuar o registro, menor é a efetividade. “O apontamento em atraso de 30 dias tem retorno maior do que em 60”, exemplifica.

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O procedimento dos estabelecimentos comerciais é encaminhar a informação do débito para o SCPC, que, em até 12 dias, providencia a ciência ao inadimplente. O presidente conta que não há muita diferença quanto ao gênero dos devedores – homens e mulheres aparecem com números assemelhados – e a faixa etária fica entre 20 e 40 anos. Isso vale para o município e o restante do Estado. Na rede, em todo o Rio Grande do Sul, são 200 participantes, e Santa Cruz fica entre o 12º e o 15º lugar.

No Brasil, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), o índice de quem não conseguiu pagar suas contas em dia chega a 26,2%. Isso representa um ponto percentual a mais do que no fim de 2020.

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